Durante um evento organizado no Rio pelo grupo empresarial Lide, do ex-governador de São Paulo, João Dória, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, fez coro com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se posicionando contra o Conselho Federativo sugerido na reforma tributária que vem sendo tocada pelo governo federal. De acordo com ele, existe uma “dificuldade grande” em relação ao tópico e que Tarcísio está certo em se preocupar com a questão. Ele também comentou sobre a falta de clareza relacionada à futura alíquota do IVA.
“Há dificuldade grande na questão desse ente arrecadatório. Acreditamos que isso tira a autonomia dos Estados. Estávamos esperando o texto para fazer nossas opiniões. Mas, a princípio, isso fere o pacto federativo, fere a autonomia dos Estados. O Tarcísio tem razão para estar preocupado. O Rio também está preocupado. O governo defende que cada Estado tenha seu órgão de arrecadação”, disse Castro.
Além disso, o governador do Rio entende que é impossível apoiar a reforma sem ter clareza sobre qual vai ser a alíquota do IVA, para ele, existe insegurança a essa questão e que a proposta que vem sendo discutida, entre 21% e 26% é considerada baixa. “Preocupam muito os estudos que preveem a definição dessa alíquota, falam em 21%, 26%. Como falar em IVA e não falar da alíquota? Não podemos deixar essa discussão passar sem a clareza da alíquota. É a mesma coisa que seu chefe te contratar e você não saber quanto vai ganhar. Tem que saber. Sem saber a alíquota, o Rio não vai votar, porque nossa arrecadação depende disso”, apontou Claudio Castro, governador do Rio de Janeiro.
Claudio Castro se posiciona a favor de Bolsonaro
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castrou (PL), também reafirmou seu apoio ao ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que poderá se tornar inelegível pelos próximos oito anos devido a um julgamento que corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Claudio Castro não comentou sobre o julgamento, mas se disse contra ao que ele chama de “criminalização política”.
Nesse sentido, na opinião do governador, ainda que se torne inelegível, Bolsonaro poderá ter um importante papel como cabo eleitora, exercendo uma função até mais importante do que se fosse disputar as eleições devido à comoção que a inelegibilidade pode deflagrar. “Ex-aliado não. Ainda sou aliado (de Bolsonaro). Inelegível ele talvez seja até mais importante do que elegível. Não tenho dúvida que um candidato que teve 49% dos votos na última eleição tem uma infinidade de seguidores”, disse Claudio Castro.
Segundo Claudio Castro, não podemos “excluir” da política todo governador ou presidente que deixe seu cargo. “Não estou com os autos na mão, mas o presidente tem bons advogados. Meu comentário é que temos de parar de criminalizar a política no geral. Não pode todo presidente ou governador que sai ser excluído da política. Essa lógica fere a democracia, o processo natural de oposição e situação”, argumentou.