Ciro Gomes, candidato à presidência pelo PDT, participou de uma sabatina e disse que pretende administrar os preços da Petrobras, caso venha a ser eleito. Nesse sentido, Ciro pretende exercer o monopólio do preço, assim como acontece nas contas dos preços da energia.
Além disso, o ex-ministro propôs substituir a Paridade de Preços Internacional (PPI), que alinha o preço dos combustíveis ao praticado fora do país, por uma política baseada nos custos de produção mais um porcentual de lucro da Petrobras.
Nesse sentido, Ciro Gomes foi altamente crítico se referindo aos lucros da Petrobras que atingiram níveis históricos, enquanto a população paga muito caro pelo combustível. Nessa mesma pauta, ele ainda levanta a questão dos investimentos da companhia, se realmente estão sendo feitos ou apenas estão redistribuindo lucro para seus acionistas.
Outra medida que o ex-ministro propõe também aumentar a participação do governo federal na companhia, em outras palavras, passar o controle de 50% para 60%, sendo majoritária nas decisões da companhia.
Ciro e a pauta dos regimes trabalhistas
Ciro Gomes voltou a dizer que substituirá a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) por um novo Código Trabalhista. “A CLT envelheceu, não faz as rupturas necessárias com o que temos hoje. A ideia não é ser reativo, reacionário, é uma saudade impraticável de voltar à velha CLT”, pontuou o presidenciável.
O corpo desta legislação tem base em dois eixos: as convenções internacionais que o Brasil assinou com a Organização Internacional do Trabalho e “as grandes questões que estão judicializadas”. Entre as mudanças citadas por Ciro, estariam a equiparação dos salários dos terceirizados com celetistas e um arcabouço de direitos para os motoristas de aplicativo.
Além disso, Ciro foi extremamente direto e disse que o seu trabalho é combater a extrema pobreza no Brasil, que desde a pandemia da Covid-19, vem batendo números recordes. Segundo ele, o plano é institucionalizar a renda mínima no Brasil, a fim de que todos no âmbito populacional, tendo algum dia contribuído para a previdência ou não, tenha direito a uma renda mínima para itens básicos.
Nesse sentido, essa política de renda mínima seria bancada a partir da política de taxação de fortunas que o presidenciável defende. Ainda segundo o candidato, o programa de renda mínima reuniria Auxílio Brasil, seguro-desemprego, aposentadoria rural, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e outros auxílios já pagos atualmente e restabelecer o monitoramento de indicadores sociais que acompanhavam o Bolsa Família.
Vice na sua chapa
O candidato à presidência pelo PDT, disse que deixará para anunciar o candidato a presidente em sua chapa para a data limite, 5 de agosto, a fim de esperar a resolução entre as parcerias com PSDB, União Brasil e PSD. O presidenciável lembrou que o PDT possui alianças com as siglas em alguns estados e, por isso, recebeu o pedido de dirigentes para que deixasse o caminho aberto para diálogos.
Apesar disso, Ciro Gomes disse que dentro do próprio PDT tem gente capaz para ocupar a chapa de vice, afirmou ainda que prefere uma mulher para compor essa parceria.