Ciro Gomes (PDT), ex-ministro e ex-governador do Ceará, tornou a dizer que não vai mais concorrer em novas eleições depois de ter sido derrotado pelo cargo presidencial em 2022 – na ocasião, o pedetista ficou em quarto lugar — atrás do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ministra Simone Tebet (MDB), amargando assim seu pior resultado na disputa.
TSE decide manter multa à campanha de Bolsonaro por impulsionamento de vídeo contra Lula
Por conta disso, ele afirma ter chegado a conclusão de que não irá mais concorrer a novos cargos. Para Ciro Gomes, inclusive, a política no Brasil está vulgar e ele não pretende mais se “submeter” a isso. “Não quero mais me submeter à vulgaridade que virou a política brasileira. Essa faca espetada nas minhas costas está ardendo profundamente porque ela foi espetada por alguém que nunca imaginei que pudesse fazer isso comigo”, disse ele.
Em outro momento, Ciro Gomes, que deu a declaração em entrevista ao Sistema Verdes Mares, afiliado da TV Globo no Ceará, nesta quinta-feira (22), afirmou que perdeu “um pouco o encanto pela disputa eleitoral”. “Essa eleição, do jeito que aconteceu, parece que tem alguma coisa errada comigo. Não vou dizer que é com o povo. Não quero nunca mais sentir a amargura que senti vendo o Brasil fazer o que fez”, destacou.
Em outro momento, ao relatar sobre os “responsáveis pela facada nas costas” que ele julga ter levado nos últimos meses, o pedetista citou o próprio irmão, Cid Gomes, e o atual ministro da Educação, Camilo Santana – ex-governador do Ceará. O atual chefe da Educação apoiou o presidente Lula nas últimas eleições e, atualmente, mantém uma boa relação política com Cid Gomes. Contudo, Ciro Gomes diz que tais fatos fogem de sua compreensão.
“Quem criou essa coisa de ‘Ferreira Gomes’ como algo negativo foi justamente Camilo Santana, a quem o Cid apoia. Eu não entendo isso”, disse o ex-ministro, finalizando, no entanto, que pretende continuar atuando na política, mas na condição de “especialista”, com debates, palestras e lançamento de livros sobre o tema.
“Se depender da minha disposição, não quero mais disputar. Eu não quero ser um cara amargo. A vida pública me deu tão generosas coisas. Eu quero continuar ajudando. Não é fácil porque é o sentido da minha vida”, declarou o ex-ministro.
Leia também: Bolsonaro pede à Justiça que Lula seja condenado a indenizá-lo; entenda