O ex-governador e pré-candidato do PDT à presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta terça-feira (26) que recebeu um convite de Luciano Bivar, presidente do União Brasil, para participar de um encontro que contará com a presença de integrantes da chamada terceira via, criada com o objeto de acabar com a polarização entre os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PT).
“O Bivar, que assumiu a presidência do União Brasil, me perguntou se eu aceitava participar de um diálogo. Ora, diálogo é diálogo, eu aceito participar. Evidente que eu aceito participar”, afirmou Ciro Gomes durante entrevista à Rádio Bandeirantes. Essa foi a primeira vez que o pré-candidato do PDT afirmou ter aceitado participar das conversas com integrantes do movimento que pretendem concorrer ao Palácio do Planalto. No grupo, além de Bivar, também há a senadora Simone Tebet (MDB) e a cúpula do PSDB.
Sem data para o encontro
Mesmo passando a admitir que vai conversar com os nomes da terceira via, Ciro Gomes ressaltou que ainda não existe uma data para o encontro. Nesta semana, estava marcada uma reunião, mas, segundo informações da “Folha”, o ato foi cancelado por medo, entre alguns deles, de que João Doria (PSDB) roube o protagonismo da cúpula.
Necessidade de incluir Ciro Gomes nas conversas
Na segunda-feira (25), Simone Tebet comentou que é importante incluir Ciro nas discussões sobre a terceira via. Na ocasião, ela afirmou que a presença dele “não só é possível, como necessário”. “Acho Ciro Gomes um grande quadro, que tem a coragem de falar aquilo que pensa. Ele tem a grandeza de dizer e falar o que está em risco no Brasil”, disse a senadora.
Segundo ela, Ciro Gomes tem o potencial de explicar “corretamente que PT e Bolsonaro são dois lados da mesma moeda”. Em resposta, o ex-governador disse que tem vontade de apresentar suas ideias sobre o que está acontecendo com o Brasil. “Dialogar sim, mas eu gostaria que minha presença no diálogo fosse ao redor de uma discussão sobre as causas do problema brasileiro. Porque nosso povo está sofrendo tanto, desemprego, inflação, custo de vida e o que nós pretendemos colocar no lugar”, afirmou.
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