Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará e pela quarta vez pré-candidato à presidência da República, voltou a atacar o ex-chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desta vez, o político afirmou que o petista liderou no Palácio do Planalto um “gabinete de ódio” semelhante ao implantado pelo atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração de Ciro Gomes foi feita em entrevista à “CNN Brasil”, na noite de sexta-feira (13). Na ocasião, ele afirmou que o “gabinete do ódio” de Bolsonaro, que veio à tona após um depoimento da deputada federal Joice Hasselmann (PSDB) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fake news no Congresso Nacional, em 2020, mostrou que Bolsonaro criou uma “cópia mal feita” do gabinete Lula.
“O gabinete do ódio do Bolsonaro é uma cópia mal feita do gabinete do ódio do Lula. Esse, sim, é profissional e irrigado com milhões de reais, inclusive estranhamente porque ninguém sabe a origem disso. Ele faz tudo igual. Então, veja, eles definem uma coisa e partem para cima de forma organizada e algumas pessoas de boa-fé, ingênuas, acreditam nisso”, disse Ciro Gomes.
Em outro momento da entrevista, o ex-governador afirmou que o suposto “gabinete do ódio” do PT age de forma “tão imbecil” que a única coisa que conseguiu foi “enfurecer quase 14 milhões de eleitores” que votaram na legenda nas eleições de 2018.
Ainda durante a conversa, Ciro Gomes afirmou acreditar que as tentativas de agressão contra ele na Avenida Paulista, em São Paulo, em outubro de 2021, quando ele participava de um ato em defesa do impeachment de Jair Bolsonaro, foi a mando do “gabinete do ódio” do PT.
“Você precisa ver na internet a raiva com que a militância que defende o projeto nacional de desenvolvimento está reagindo a essa impostura corrupta, fisiológica e antidemocrática do Lula, mas ele se sente autorizado a tudo”, começou.
“Nós estávamos nas ruas pedindo o impeachment do Bolsonaro, e o Lula mandou os jagunços dele me agredir fisicamente na Paulista”, completou na entrevista Ciro Gomes, que nesta semana não compareceu a eventos presenciais porque testou positivo para a Covid-19.
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