O cigarro eletrônico, conhecido também como vaper ou e-cigarro, já é uma febre entre os jovens. Pesquisas recentes mostram que nos Estados Unidos, o aparelho já é utilizado por mais de um milhão de jovens de 14 a 17 anos diariamente. No Brasil, esse número alcança 20%¨dos adolescentes a usarem os cigarros.
Com a popularização do e-cigarro já podem ser encontrados diversos novos modelos do aparelho na internet e até maneiras de produzir o equipamento em casa, o que configura um risco maior dê a quantidade de pessoas que utilizam o cigarro cresça a cada dia.
Criados inicialmente como alternativa que não faz mal à saúde de usuários do cigarro tradicional, descobriu-se que o cigarro eletrônico é tão nocivo quanto. De acordo médicos especialistas em pneumologia, o cigarro eletrônico aumenta em até três vezes o risco de uma pessoa consumir um cigarro tradicional.
Falsa segurança incentiva uso do cigarro eletrônico
Conforme relatório publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), existe uma falsa sensação de segurança conferida ao fumante do cigarro eletrônico.
O aparelho é composto de uma lâmpada de LED, bateria, microprocessador, sensor, atomizador e cartucho de nicotina líquida, aquecida por uma pequena resistência, tornando-a em vapor. Essa nicotina ao ser inalada chega ao cérebro de 7 a 19 segundos, aonde vai se acoplar aos receptores nicotínicos, a qual é uma área que proporciona sensação de prazer e consequentemente causa dependência.
Contudo, mesmo os modelos de cigarros eletrônicos sem nicotina não devem ser consumidos. Por isso é importante alertar sobre os perigos do uso destes aparelhos.
Segundo estimativas, cerca de 90% dos fumantes experimentaram o primeiro cigarro antes dos 19 anos e o vaper acaba sendo um atrativo maior para jovens e adolescentes iniciarem a prática cada vez mais cedo.
Cigarro eletrônico causa câncer?
Os malefícios causados pelo uso do cigarro eletrônico já podem ser vistos nos primeiros dias de uso do aparelho, pois há uma diminuição da qualidade respiratória. A longo prazo, essa sensação que era apenas um desconforto no início, pode se tornar um grave problema de saúde.
Várias pesquisas na área indicam os diversos males que o uso do e-cigarro causa. Existe o risco de doenças pulmonares, cardiovasculares, como infarto do miocárdio, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca, bem como o de vários tipos de câncer, como o de pulmão.
Além disso, já tiveram identificação doenças próprias causadas pelo cigarro eletrônico, que teve indicação inicialmente como Evali. Essa doença causa nos usuários do e-cigarro falta de ar e dispneia.
Portanto, fazer uso de cigarros, seja eletrônico ou tradicional, certamente causará diversos malefícios à saúde. Um dos mais novos modelos de e-cigarro comercializados, em forma de pen drive, contém 13 vezes mais concentração de nicotina que um cigarro convencional. Um único uso deste tipo equivale a um maço de cigarro tradicional por dia.
Contudo, vários esforços têm sido envidados em diversos países pelo combate ao uso de cigarros eletrônicos e tradicionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda fortemente o não uso dessas substâncias que fazem mal ao organismo na totalidade.