O conselho municipal de Minneapolis, no estado americano do Minnesota, votou por unanimidade, na última sexta-feira (12), pelo pagamento de 27 milhões de dólares para resolver um processo movido pela família de George Floyd. O valor do acordo equivale a cerca de R$ 150 milhões. Em julho, a família de Floyd processou a cidade e os quatro policiais acusados de matar o homem asfixiado.
A ação alegou que os policiais violaram os direitos de Floyd ao contê-lo e que a cidade permitiu que uma cultura de força excessiva, racismo e impunidade florescessem na força policial. O acordo ainda inclui uma contribuição de 500 mil dólares (R$ 2,7 milhões) da família Floyd para o bairro onde ele morreu.
Floyd, um homem negro de 46 anos, morreu em 25 de maio depois que o oficial Derek Chauvin, que é branco, ajoelhou sobre seu pescoço por quase nove minutos. Nas imagens, que viralizaram, Floyd agoniza e grita várias vezes para dizer que não consegue respirar (I can’t breath) até parar de se mexer. Enquanto isso, espectadores imploravam aos policiais para deixá-lo sair.
Junto com Chauvin, dois outros oficiais seguraram Floyd no chão enquanto ele era algemado. Floyd foi preso por suspeita de usar uma nota de 20 dólares falsificada para comprar cigarros em um supermercado de Minneapolis. A morte de Floyd gerou protestos em todos os Estados Unidos e levou a um julgamento de justiça racial em todo o país. Depois do caso, o movimento Black Lives Matters ganhou força, com manifestações contra o racismo em vários países.
Julgamento dos acusados de matar Floyd
O acordo acontece enquanto a escolha do júri continua no julgamento de Chauvin, que enfrenta acusações de homicídio. Os argumentos de abertura do julgamento dele devem começar no final deste mês.
Enquanto isso, o julgamento dos outros três policiais envolvidos na morte de Floyd será em agosto. Eles recebem acusações de ajudar e encorajar o assassinato, e homicídio culposo. Além disso, todos os quatro perderam o emprego.