A pandemia da Covid-19 aumentou sem precedentes o número de pessoas em trabalho remoto. Com isso, muita gente sentiu a necessidade de adquirir softwares e produtos para proteger seu computador ou notebook, com alguns recorrerando à pirataria. Esses dois fatores impulsionaram os “ciberataques” no Brasil em 2021.
De acordo com o levantamento “Panorama de Ameaças 2021”, com foco na América Latina, as tentativas de invasão de computadores e outros dispositivos dispararam 23% neste ano no país. Ao somar os 20 programas maliciosos da internet (malwares) mais populares de 2021, registrou-se 481 milhões de tentativas de infecção entre janeiro e agosto.
Segundo a empresa de tecnologia russa Kaspersky, responsável pelo levantamento, essa quantidade corresponde a 1.395 incidentes por minuto. Aliás, o número se refere apenas às tentativas de infecção barradas por antivírus e soluções da Kaspersky, que produz softwares de segurança para a internet.
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Além disso, o levantamento também mostrou os dados de outros países da América Latina. A saber, houve crescimento de tentativas de golpes on-line em outros países da região. A única exceção foi Costa Rica, onde os incidentes diminuíram em 2%.
Segundo a Kaspersky, o Equador liderou o ranking do levantamento, onde as tentativas de ciberataque saltaram 75%. Em seguida, ficaram Peru (+71%), Panamá (+60%), Guatemala (+43%) e Venezuela (+29%).
“Quando analisamos os bloqueios realizados, identificamos famílias de ‘malware’ que nos permitem dizer que os internautas latino-americanos procuram as ameaças, pois são disseminadas por meio da pirataria de programas“, explicou Dmitry Bestuzhev, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky na América Latina.
Em resumo, Bestuzhev ressaltou que os golpes mais comuns ocorreram através de PDF e “trojans”. Essas invasões objetivam acessar os dados pessoais dos usuários, principalmente aqueles relacionados às contas bancárias. A propósito, esse tipo de ataque foi o maior vetor de infecção neste ano.
Por fim, a Kaspersky destacou os anúncios publicitários em sites. Em suma, houve 173 mil tentativas de infecção dessa forma no Brasil apenas neste ano. Ao mesmo tempo, o país ainda lidera os ataques de “phishing”, tipo de golpe que utiliza e-mail, aplicativos de mensagens, redes sociais e SMSs para roubar dados pessoais. A saber, 15,4% dos internautas registraram tentativas de golpes dessa natureza.
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