A China continua exercendo grande influência para a economia brasileira em 2021. A saber, o país asiático respondeu por 29,5% das exportações brasileiras em setembro. Apesar de expressivo, o resultado representa uma queda de 11,4% na comparação com o mesmo mês de 2020, quando a China concentrou 33,3% das exportações.
Por outro lado, os Estados Unidos conseguiram um forte avanço no período. Aproveitando-se da lacuna deixada pela China, as exportações ao país norte-americano cresceram de 9,6% em setembro de 2020 para 12,7% no mesmo mês deste ano. Isso representa um aumento de 33% em um ano.
Já os envios de produtos para a Argentina recuaram levemente no período (-0,8%), bem como para a União Européia (-2,1%). No entanto, as exportações cresceram para os demais países da América do Sul (+29,4%), Ásia, com exceção da China e do Oriente Médio (+21,2%) e México (+10,5%).
Por sua vez, no acumulado do ano até setembro, as exportações para a China caíram 7,9%, único resultado negativo entre os grandes parceiros comerciais do Brasil. Assim, os envios cresceram para os Estados Unidos (+19,9%), Argentina (+31,0%), União Europeia (+3,9%), demais países da América do Sul (+35,1%), Ásia, com exceção da China e do Oriente Médio (+16,4%) e México (+18,1%).
Estes dados fazem parte do Boletim de Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FVG/Ibre).
Importações também crescem no acumulado do ano
Além das exportações, a FGV também divulgou os dados das importações brasileiras. No caso das exportações, que tiveram alta de 33,2% no acumulado do ano, o que mais impulsionou o resultado foram os preços, que dispararam 41,1%. Em contrapartida, o volume de produtos embarcados encolheu (-0,7%), ou seja, o aumento dos preços internacionais responderam sozinhos pelo aumento do valor das exportações.
Já no caso das importações, que saltou 51,2% entre janeiro e setembro, tanto o volume quanto os preços dos produtos impulsionaram o resultado. Nesse caso, o preço cresceu de 9,3% em um ano, variação bem menor que a do volume importado pelo Brasil no período (+24,8%).
Por fim, a FGV destacou que o resultado mais fraco do China em relação às exportações se deve, principalmente, pelo “fim do embarque da soja, pelas restrições às exportações de carne brasileira e pela desaceleração na demanda por minério de ferro”.
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