Nesta terça-feira, 1º de março, o Governo da China prometeu apoiar a Ucrânia no que for preciso para cessar os ataques feitos pela Rússia. A guerra já começou a seis dias, e nesse período destruiu várias cidades além de deixar centenas de mortos e feridos.
Por esta razão Pequim disse “estar extremamente preocupada com os danos aos civis”, além da tristeza com a guerra entre os dois países. Diante do cenário atual, os ministros das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o da Ucrânia, Dmytro Kuleba, debateram sobre o conflito durante uma ligação telefônica.
Na ocasião, o representante do governo chinês disse que a Ucrânia está de prontidão para fortalecer a relação com o governo chinês e espera que a China desempenhe um papel crucial na tentativa de cessar-fogo. O comunicado feito pelos países aproveitou para destacar que a China preza pela soberania e integridade territorial de ambos os países envolvidos.
Vale mencionar que a atual postura da China é um tanto quanto inédita, tendo em vista que a princípio, o país se absteve da situação durante uma votação feita pela resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), cujo propósito é condenar o ataque.
Há alguns dias, vários países, sobretudo do Ocidente, deram início a debates sobre a imposição de sanções à Rússia como forma de punição pelos ataques à Ucrânia. Naquele momento, a China decidiu se posicionar contra todas as sanções consideradas unilaterais e ilegais à Rússia.
De acordo com o porta-voz do Governo da China, a soberania da Ucrânia é reconhecida. Ainda assim, os chineses não viam o ataque Rússia x Ucrânia como uma invasão. O entendimento era de que estas sanções não seriam a maneira mais adequada para tentar pôr fim ao conflito entre os países. Na verdade, a China acreditava que as medidas poderiam ter um efeito contrário e gerar ainda mais problemas.
Por esta razão, o Ministério das Relações Exteriores da China, rebateu críticas recentes feitas pela Austrália e pelos Estados Unidos da América (EUA) pela decisão de não condenar o ataque Rússia x Ucrânia. A pasta também afirmou que o país iria manter normalmente tanto o comércio quanto a cooperação junto à Rússia, visando o “mútuo respeito e benefício”.
Em meio a este cenário, é importante informar que os conflitos não se limitam somente à Rússia x Ucrânia, pois a China reivindica Taiwan como uma parte de seu próprio território. O resultado mais recente foi o Governo de Taiwan emitir um alerta sobre nove aeronaves chinesas sobrevoando o seu espaço aéreo nesta última quinta-feira, 24.
Vale mencionar que esta ação chinesa não é novidade, nem mesmo incomum, pois tem sido intensificada nos últimos dois anos. Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores disse que a ilha é crucial para o desenvolvimento e manutenção da cadeia global de fornecimento de semicondutores.