A embaixada brasileira em Pequim afirmou que o governo chinês ainda não definiu um prazo para a retomada das exportações da carne bovina brasileira. De acordo com a embaixada, a negociação ainda está sob análise técnica das informações. Por isso, ainda não há prazo para a volta de envios ao país asiático.
A saber, as exportações para a China estão suspensas desde 4 de setembro. A expectativa inicial era que a suspensão não durasse muito tempo. Até porque o Brasil também notificou um caso de vaca louca em 2019 e as exportações ficaram suspensas por 13 dias.
No entanto, as coisas estão diferentes desta vez, e a suspensão completará um mês em poucos dias. Aliás, essa decisão se baseia em procedimentos relacionados ao protocolo sanitário firmado entre os países. A paralisação dos envios é muito ruim para o Brasil, pois a China é o principal destino da carne brasileira, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o protocolo sanitária entre os países não determina os passos para a retomada das transações. Assim, cabe apenas à China decidir quando voltará a importar carne brasileira.
Em 25 dias de suspensão, o Brasil afirma que já tentou agendar reunião técnica com autoridades chinesas. Contudo, o país asiático alega que ainda está analisando os dados enviados pelo Brasil.
Brasil continua como país de risco insignificante para a doença
Em resumo, o Brasil faz parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês). Atualmente, o país possui risco insignificante para a doença, e tal status não deverá ser modificado, pois os dois casos da doença vaca louca, registrados no país, são atípicos.
Na verdade, a doença ocorre de maneira atípica em animais com idade muito avançada, e foi isso o que ocorreu em MG e em MT. Contudo, o animal pode apresentar a doença através do consumo de rações contaminadas. Nesse caso, há risco para o ser humano de contaminação.
Por fim, a OIE exclui os casos atípicos “para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país”, disse o Mapa. “Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”, acrescentou.
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