A China liberou a importação da carne bovina brasileira, mas com restrições. A saber, a liberação do país asiático se refere apenas aos lotes da proteína certificados antes do embargo do dia 4 de setembro. À época, o Mapa interrompeu os embarques de carne bovina para o país asiático devido à notificação de dois casos atípicos do mal da vaca louca.
Em outras palavras, a suspensão das exportações da carne bovina brasileira à China continua em vigor e completa 80 dias nesta terça-feira (23). A propósito, as autoridades chinesas liberaram hoje a entrada da proteína brasileira ao país, segundo a Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês).
De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), essa decisão libera cerca de 100 toneladas de carne bovina brasileira. Aliás, essas cargas já estavam seguindo ao país asiático quando houve a suspensão da importação. Por falar nisso, a suspensão atendeu ao protocolo sanitário entre o Brasil e a China quando há detecção da doença da vaca louca.
Vale destacar que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) afirmou que estes casos não representam riscos para a cadeia de produção bovina do país. No entanto, a China mantém o veto até hoje.
Liberação parcial representa avanço na retomada das exportações
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que essa decisão é o “primeiro passo” para a retomada integral das exportações da proteína brasileira ao país asiático. “O próximo passo é liberarmos a suspensão da carne brasileira daqui para frente. Então, estamos em andamento neste processo e eu espero que isto aconteça ainda no próximo mês”, disse a ministra.
A saber, a China é o principal mercado da carne bovina brasileira, importando quase metade de toda a proteína brasileira enviada ao exterior. Com a suspensão dos envios ao país asiático, as exportações de carne brasileira despencaram 43% em outubro. Já em relação ao faturamento das exportações, a queda chegou a 31%.
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