Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Silvinei Vasques foi exonerado nesta terça-feria (20) de seu cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A decisão, tomada a apenas 11 dias do fim do governo Bolsonaro, foi publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) e assinada por Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil.
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Silvinei Vasques se envolveu em polêmicas nos últimos meses e, assim como publicou o Brasil123, é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter feito uso indevido do cargo durante a campanha eleitoral deste ano. Na ocasião, a entidade listou situações ocorridas durante a campanha eleitoral em que, no entendimento dos membros do órgão, o diretor pediu votos irregularmente para o presidente Bolsonaro.
De acordo com o MPF, Silvinei Vasques vinculou, de forma constante, mensagens e falas em eventos oficiais, entrevista a meio de comunicação e rede social que o associavam à imagem da instituição PRF e ao presidente da República, que foi candidato à reeleição, mas acabou perdendo a disputa para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na visão dos procuradores do MPF, constatou-se ainda “a intenção clara de promover, ainda que por subterfúgios ou mal disfarçadas sobreposição de imagens, verdadeira propaganda político-partidária e promoção pessoal de autoridade com fins eleitorais”. Além disso, o MPF também destacou o inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) que investiga uma blitz da PRF no dia do segundo turno da eleição.
Na ocasião, contrariando determinação da Justiça, agentes comandados por Silvinei Vasques pararam ônibus que faziam transporte gratuito de eleitores, impedindo assim essas pessoas de votarem. Nesse sentido, o MPF relatou não ser possível “dissociar da narrativa” de que as condutas do agora ex-diretor geral da PRF contribuíram para “o clima de instabilidade e confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições”.
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É.umas servegonhice mesmo esses caras soltando ladrão e invertigando pessoas dessa natureza