A empresa de monitoramento Radar Scanntech apontou que, no último mês de outubro, a média dos preços dos produtos que compõem a cesta básica voltaram a crescer. De acordo com a Radar Scanntech, a alta foi de 0,5%, o que rompeu os dois meses de queda no valor da cesta básica.
Nesse sentido, a pesquisa foi realizada em mais de 30 mil lojas, incluindo as 400 maiores redes de supermercados, hipermercados e atacarejos brasileiros. Além disso, a pesquisa também atingiu todas as regiões brasileiras. A média do valor pago nos itens da cesta básica, em outubro, subiu de R$7,33 para R$7,36.
Embora os itens mais básicos da cesta, como o leite, arroz, feijão e óleo, tenham tido queda em outubro, isso não foi suficiente para impedir o aumento da cesta básica. A alta foi influenciada principalmente pelos alimentos perecíveis, como pães e queijos. Em setembro, eles já tiveram uma alta de 1,1%, em outubro, a alta foi de 1,5%.
A alta dos preços não impactou negativamente nas vendas do setor, que teve uma variação positiva de 12,3% na comparação anual. Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, disse que o “auxílio emergencial, a redução da taxa de desemprego, o auxílio caminhoneiro, todos esses auxílios acabam alavancando as vendas”.
Cesta básica pode comprometer até 66% do salário mínimo
Além da Radar Scanntech, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também fez um levantamento, contudo, este com base nos dados de setembro. De acordo com a Dieese, o preço da cesta básica variou entre R$518,68 e R$750,54.
Dessa forma, atualmente, a cesta básica pode comprometer entre 46,72% e 66,96% do salário mínimo líquido. O levantamento do Dieese apontou que o estado de São Paulo. Já a cesta mais barata foi registrada no estado de Aracaju.
Preço da carne deve subir
A proximidade da Copa do Mundo e a das festas de final de ano darão início a um período de alta demanda no varejo, principalmente na demanda por carne. Uma pesquisa feita pelo Mercado Mineiro em parceria com a comOferta fez a comparação de preços da carne em 37 estabelecimentos de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, entre 9 e 11 de novembro.
Nesse sentido, a pesquisa apontou que a carne suína teve crescimento de ao menos 6% em cortes suínos, tais como lobo e pé de porco. Por outro lado, a carne bovina não teve aumento maior que 2,5% em cortes como miolo da alcatra, contra filé e patinho.
De acordo com os comércios da região, a expectativa é que a procura de carne aumente principalmente nos dias de jogos da seleção brasileiro. Isso se deve pelo fato de as famílias brasileiras tradicionalmente optarem pelo churrasco como comida para acompanhar os jogos do Brasil.
Além disso, o fim de ano também é um período em que as famílias brasileiras também aumentam o consumo de carne para as festividades. Seja a carne suína ou a carne bovina, ambas estão nos pratos tradicionais brasileiros. O aumento do preço da carne terá impacto no preço da cesta básica.