A cesta básica ficou mais cara em 9 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em novembro. Os maiores avanços ocorreram em capitais do Nordeste, mas região ainda concentra os cinco menores valores do país.
A saber, os preços dispararam em: Recife (8,13%), Salvador (3,76%), João Pessoa (3,62%), Natal (3,25%) e Fortaleza (2,91%). Os outros avanços vieram de Belém (2,27%), Aracaju (1,96%), Florianópolis (1,40%) e Goiânia (1,33%).
Por outro lado, “as reduções mais importantes ocorreram em Brasília (-1,88%), Campo Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%)”, segundo o Dieese.
Após estes resultados, a cesta de Florianópolis seguiu como a mais cara do país, com um valor de R$ 710,53. Na sequência, ficaram as cestas de São Paulo (R$ 692,27) e Porto Alegre (R$ 685,32), que registraram leves quedas em seus valores no mês.
Na ponta de baixo da tabela, com a cesta mais barata do país, ficou novamente Aracaju (R$ 473,26). Outros quatro estados também tiveram cestas com preços mais acessíveis em outubro: Salvador (R$ 505,94), João Pessoa (R$ 508,91), Natal (R$ 521,08) e Recife (524,73).
Salário mínimo deveria ser de quase R$ 6 mil
Além disso, a pesquisa estimou o valor do salário mínimo necessário. Em resumo, a análise levou em consideração a cesta básica de Florianópolis, mais cara do país em novembro. Nesse caso, o salário mínimo deveria valer R$ 5.969,17. Isso corresponde a 5,42 vezes o valor do salário mínimo vigente, de R$ 1.100,00.
De acordo com o levantamento, alimentos básicos são aqueles necessários para as refeições de uma pessoa adulta durante um mês. O cálculo considera uma família composta por dois adultos e duas crianças. Em outubro, o valor estimado chegou a R$ 5.886,50, o que correspondia a 5,35 vezes o salário mínimo vigente.
Ainda segundo a pesquisa, o Dieese comparou o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, aquele que possui descontos referentes à Previdência Social. Atualmente, a taxa é de 7,5%, e está nesse nível desde março do ano passado, devido à Reforma da Previdência.
Dessa forma, o resultado mostra que o trabalhador compromete 58,95% do salário mínimo líquido para comprar alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em comparação com outubro, o valor subiu, já que o percentual ficou em 58,35% do salário no mês passado.
O levantamento também apontou que o tempo médio necessário para que um trabalhador adquira produtos da cesta básica chegou a 119 horas e 58 minutos em novembro. Esse valor também ficou maior que o do mês anterior, visto que, em outubro, estava em 118 horas e 45 minutos.
Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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