Cerca de quatro milhões de pessoas deixaram de contribuir com o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) em 2020. Isso significa dizer que essas pessoas perderam, ou estão prestes a perder, os benefícios previdenciários. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando se deixa de contribuir com o INSS, o beneficiário não perde os direitos logo de cara. De modo geral, ele tem 12 meses ainda com direito. Depois disso, ele perde. Então se alguém deixou de contribuir em junho de 2020, deixa de ter direitos de receber benefícios em julho de 2021.
Essa regra costuma variar um pouco de caso para caso. Por exemplo, quem está procurando emprego tem um prazo maior: são 24 meses. Já quem está contribuindo com o INSS há mais de 10 anos e parou, tem 36 meses de prazo.
Mas de modo geral, tudo isso significa uma coisa: o país viveu um ano muito difícil em 2020. As pessoas deixaram de contribuir com o INSS porque não tinham mais emprego e precisavam pagar despesas mais urgentes.
Analistas, aliás, afirmam que o pagamento do INSS é muito importante. Mas como ele é um pagamento que não tem retorno imediato, é natural que as pessoas prefiram pagar para resolver as suas necessidades atuais.
Benefícios do INSS
Seja como for, o fato é que esses dados preocupam. Isso porque eles podem significar que essas quatro milhões de pessoas estão ficando sem quase nenhum tipo de proteção. O INSS não quis comentar esses números. O Ministério da Economia também não.
O INSS não é responsável apenas pela aposentadoria do brasileiro. Ele também monitora a questão de outros benefícios. Podemos citar aqui, por exemplo, o seguro-desemprego, o auxílio-doença, o salário-maternidade e até mesmo a pensão por morte.
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