Os trabalhadores do país continuam enfrentando muitos desafios para pagar as contas do mês. Enquanto a inflação do país cresce expressivamente a cada mês, os reajustes salariais continuam apresentando variações bem menos intensas.
De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apenas 27,6% dos acordos e convenções coletivas realizados de janeiro a abril de 2022 superaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A saber, o INPC é usado como referência para reajustes salariais e benefícios do INSS no país.
Enquanto isso, 40,8% dos reajustes salariais deste ano ficaram abaixo do INPC. Isso quer dizer que tais negociações oferecem menor poder de compra ao consumidor. E a situação do brasileiro não segue positiva, visto que a inflação elevada também faz os juros dispararem no país.
Já 31,6% das negociações ficaram iguais ao INPC. Em resumo, o indicador é pesquisado pelo IBGE e divulgado mensalmente.
Veja mais detalhes dos reajustes
O Dieese revelou que o comércio teve o maior número de reajustes iguais ou acima da inflação do país, chegando a 67%. Em seguida, ficaram os reajustes realizados por categorias da indústria brasileira, com 64% dos acordos iguais ou superiores à inflação.
Ao considerar apenas os reajustes acima da inflação, a indústria assumiu a liderança, com 29,4% das negociações com aumento real. Já o comércio teve 17,1% dos acordos superiores à inflação.
Por sua vez, o setor de serviços se destacou por apresentar números expressivos, tanto acima quanto abaixo da inflação. Em síntese, 45,1% dos reajustes foram menores que a variação da inflação, enquanto 29,8% superaram o INPC.
Por falar nisso, o INPC acumula expressiva alta de 12,47% em 12 meses encerrados em abril. A taxa estava em 11,73% em março, mas teve um forte avanço em abril. O índice se refere às famílias que têm rendimento mensal de um a cinco salários mínimos.
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