Seis centrais sindicais decidiram que vão aderir ao manifesto organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em defesa da democracia. O documento deve ser divulgado no próximo dia 11 de agosto na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), mesmo dia em que será lido um manifesto em prol do mesmo assunto,
De acordo com informações publicadas pelo portal “UOL”, as entidades que informaram nesta quinta-feira (28) que irão aderir ao manifesto são:
- Central Única dos Trabalhadores (CUT);
- Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT);
- Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB);
- Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB);
- Federação Brasileira de Bancos (Febraban);
- E Nova Central.
Na quarta-feira (27), outras entidades como a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), e organizações da sociedade civil, como a Comissão Arns, a Conectas e a Pacto pela Democracia afirmaram que também vão aderir ao manifesto.
Em entrevista ao portal “UOL”, Sérgio Nobre, presidente da CUT, afirmou que “nada é mais caro à classe trabalhadora do que a democracia”. Segundo ele, a união entre o empresariado e os sindicatos em defesa do sistema eleitoral e do respeito ao resultado das urnas mostra o “amadurecimento de todos e do quanto a democracia é um valor que nenhum brasileiro abre mão”.
Outro que comentou sobre a adesão foi Miguel Torres, presidente da Força Sindical. Para ele, todos que “sabem os riscos que um retrocesso nesse campo representa entendem como é importante participar nesse manifesto”.
“Em abril, nossa pauta já falava em democracia, empregos e direitos”, disse ele, afirmando ainda que a adesão das centrais sindicais ao manifesto da Fiesp remete aos tempos das Diretas Já. “Passamos agora há pouco no Vale do Anhangabaú e falamos exatamente disso, do quanto aquela mobilização foi importante para a história do país”, explicou.
A carta em defesa da democracia
De acordo com as informações, o texto da Fiesp mostrará que as entidades estão agindo em prol da defesa das instituições democráticas, da harmonia, da independência dos Três Poderes e também do sistema eleitoral brasileiro. Segundo o portal “UOL”, o texto deve ter um tom ameno e institucional, sem nenhuma conotação partidária, pois o manifesto envolve inúmeras organizações.
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