O setor da construção civil vem enfrentando grandes desafios em 2022. Após a explosão de casos de Covid-19 em todo o planeta devido à variante Ômicron no início de 2022, o mundo se viu imerso em uma guerra. Os impactos dos conflitos já são sentidos por muitos países, e não há expectativas para uma melhora do cenário global no curto prazo.
Em suma, a guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 33º dia. Os conflitos já deixaram milhares de mortos e um rastro de destruição na Ucrânia, país atacado por seu vizinho. E uma das principais consequências dos confrontos é o aumento dos preços globais de diversos itens.
Um dos setores que está sendo pressionado pelos altos preços dos insumos é a construção civil. Como a Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores mundiais de commodities, os preços destes itens, bem como dos seus derivados, está crescendo expressivamente. Por isso que o mercado acredita que a inflação global ficará ainda mais elevada com os conflitos no leste europeu.
Empresários da construção estão menos confiantes com o futuro
Diante deste cenário, os empresários da construção civil se mostraram menos confiantes em março. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 0,8 ponto neste mês, para 92,9 pontos.
Em resumo, o nível atual do indicador mostra que os empresários da construção estão com uma “percepção de pessimismo moderado”. Aliás, dados inferiores a 100 pontos indicam pessimismo, enquanto níveis superiores a essa marca revelam confiança no setor.
“Não são tempos fáceis: depois das sucessivas ondas da Covid, a guerra na Ucrânia reacendeu o temor de aceleração nos preços dos materiais, que associada à alta os juros pode comprometer ainda mais a demanda para os próximos meses”, explicou a coordenadora de Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo.
“No entanto, vale destacar que ao final do primeiro trimestre, a confiança indica um pessimismo moderado e se encontra em patamar melhor do que estava ao final do primeiro trimestre de 2021”, ponderou a coordenadora.
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