Os preços do diesel não deverão cair nos próximos meses. A expectativa é que os valores se mantenham em patamar elevado devido ao cenário global. Pelo menos é nisso que acreditam os diretores da Petrobras.
Nesta sexta-feira (29), eles afirmaram que o diesel só deverá perder força caso uma recessão global se consolide. A menos que isso aconteça, os preços deverão seguir elevados não só no Brasil, mas em todo o mundo.
Aliás, os diretores da Petrobras adiantaram que o segundo semestre deste ano terá paradas programadas nas refinarias da estatal. Isso quer dizer que a produção da companhia poderá ser afetada, impactando também os consumidores do país.
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Veja as expectativas para os próximos meses
Desde o início de julho, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu intensificar o monitoramento das importações de diesel no país. Em resumo, a agência havia proposto aos produtores e distribuidores que aumentassem o estoque de diesel para reduzir os riscos de desabastecimento no país.
A saber, uma junção de fatores preocupavam tanto a ANP quanto o governo federal em relação à disponibilidade de diesel no Brasil. No âmbito doméstico, os meses de setembro, outubro e novembro possuem “maior demanda histórica nacional, decorrente do período de safra agrícola”, segundo a agência.
Nesse período, o exterior geralmente enfrenta a “temporada de furacões na região do Golfo do México, Estados Unidos, de onde se origina a maior parte das importações brasileiras de S-10”. Por isso que as atenções estão voltadas para o diesel há tempos no país.
Petrobras antecipou compra do diesel
Segundo a Petrobras, as paradas programadas nas refinarias podem complicar ainda mais a oferta de diesel no Brasil. A estatal explicou que as paradas são necessárias à segurança operacional, mas que irão acontecer em um momento de maior demanda interna.
Para reduzir os impactos que as paradas irão provocar no país, a Petrobras comprou mais diesel. “Nós antecipamos a compra de diesel para garantir o atendimento”, disse Cláudio Mastella, diretor de Comercialização e Logística da Petrobras, em conferência com investidores sobre os resultados da estatal no segundo trimestre.
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