Há quem nunca tenha pego uma cédula de R$ 200 em mãos, que a tenha visto apenas por foto ou vídeo, mas estas notas existem. E hoje (2) completam um ano em circulação no Brasil.
A saber, o Banco Central (BC) apresentou a nova cédula em 2 de setembro de 2020. A partir daquele dia, as novas notas passaram a ter valor legal no país e sua circulação cresceu conforme a demanda. À época, o BC havia informado que seriam produzidas 450 milhões de cédulas até o final do ano. No entanto, uma pequena parte desse total que realmente está em circulação no Brasil.
Esse é um dos motivos para que não seja tão fácil encontrar uma destas notas. Em resumo, das 450 milhões de cédulas de R$ 200, apenas 80 milhões estão em uso no país, o que corresponde a 17,8%. Em valor, essas notas totalizam R$ 16 bilhões, segundo dados do BC. As demais cédulas estão armazenadas pelo próprio BC.
“A entrada em circulação da cédula de R$ 200, assim como aconteceria com qualquer outra nova denominação, ocorre de forma gradual e de acordo com a demanda da sociedade. O ritmo de utilização da cédula de 200 reais vem evoluindo em linha com o esperado, e seguirá em emissão ao longo dos próximos exercícios”, disse o BC, em nota.
Cédulas de R$ 50 são as mais abundantes em circulação
De acordo com o BC, as 80.009.181 cédulas de R$ 200 em uso no país representam 1,03% do total nacional. Esse valor é irrisório perto das notas de R$ 50 em circulação. Em suma, há 2.193.847.422 cédulas de R$ 50 em uso no país, 28,29% do total, que totalizam cerca de R$ 109,7 bilhões. Por falar nisso, há 7,75 bilhões notas em circulação no Brasil, com um valor total superior a R$ 333 bilhões.
Após as notas de R$ 50, estão as de R$ 100, com 1.802.172.011 cédulas em uso no país. Embora o número seja o segundo menor em quantidade, o valor total das notas é o mais elevado, chegando a R$ 180,2 bilhões. E em terceiro lugar ficam as cédulas de R$ 2,00, com mais de 1,5 bilhão de notas em uso no país.
Por fim, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou no ano passado que a introdução das notas de R$ 200 evitaria um eventual desabastecimento do papel-moeda no país. Isso aconteceu, porque a pandemia elevou fortemente a demanda por dinheiro em espécie.
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