O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) apontou que a prevalência de anemia em crianças brasileiras de até cinco anos de idade foi reduzida pela metade nos últimos 13 anos.
Trata-se de uma pesquisa inédita encomendada pelo Ministério da Saúde em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os dados apontam que a doença recuou de 20,9% em 2006 para 10% em 2019. No país, a região Sudeste foi a que teve a menor redução (14,7%) e o Centro-Oeste, a menor (1,6%).
Além disso, o ENANI ainda identificou que a anemia, independentemente do tipo, é mais comum em bebês de seis a 23 meses de vida. Neste grupo, a predominância é de 18,9%. Entre crianças de dois até cinco anos de idade o percentual foi de 5,6%.
Entre fevereiro de 2019 e março de 2020, foram realizadas visitas domiciliares a 123 municípios brasileiros, totalizando 14.583 crianças menores de 5 anos. Desta forma, as informações coletadas serão analisadas até 2021.
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Anemia infantil por deficiência de ferro
Além dos dados supracitados, outros indicadores de saúde em crianças menores de cinco anos também foram mapeados pela pesquisa: vitamina A e anemia por deficiência de ferro (ou anemia ferropriva).
Com isso, a carência de vitamina A apareceu em apenas 6% dos casos estudados, representando uma redução de 65,5% se comparado a 2006 (17,4%).
A presença da anemia ferropriva em crianças até cinco anos foi de 3,6% no país. Tal como outros tipos de anemia, ela afeta mais os pequenos de 6 a 23 meses (8%).
De acordo com o Ministério da Saúde, crianças com até cinco anos constituem o grupo de maior risco para as deficiências de micronutrientes, especialmente ferro e vitamina A.
“O ENANI 2019 é a primeira pesquisa com representatividade nacional que avaliou, simultaneamente, práticas de aleitamento materno, alimentação complementar e consumo alimentar individual, estado nutricional antropométrico e deficiências de micronutrientes em crianças menores de 5 anos – além do ferro e da vitamina A, também foram mapeados vitamina D, vitamina E, vitamina B1, vitamina B6, vitamina B12, folato, zinco e selênio”, informou o Ministério da Saúde.
A Pasta acredita que os dados levantados pelo ENANI serão essenciais para a formulação de políticas públicas para promover a saúde das crianças brasileiras.
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