Nada de Paulo Guedes ou qualquer outro economista famoso. De acordo com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), caso ele volte a presidência da república, seu escolhido para o Ministério da Economia será um político.
A declaração de Lula foi dada na terça-feira (14), durante uma reunião com aliados. No mesmo dia, o ex-chefe do Executivo, que deve tentar um terceiro mandato no próximo ano, teve mais duas importantes vitórias na Justiça: o arquivamento de investigações contra ele na Justiça Federal em São Paulo e no Distrito Federal.
Segundo informações publicadas pelo jornal “Valor Econômico”, o encontro com aliados foi feito em Pernambuco. Na ocasião, Lula disse que, por conta do grave momento do país, que tem registrado um cenário de estagnação econômica e crise no setor elétrico, faz-se necessário nomear um político ao invés de um economista para conduzir a pasta.
Ainda de acordo com o jornal, durante o encontro, Lula ressaltou que o eventual ministro terá que se cercar dos melhores economistas. Hoje, fontes dizem que Lula tem se mostrado apreensivo com o atual momento econômico do país.
Essa preocupação acontece por conta de inúmeros fatores como a deterioração econômica, a alta na inflação e a crise hídrica vivida no Brasil. Nesse sentido, de acordo com o presidente, um político, segundo ele, “habilidoso e com bom trânsito no Congresso”, conseguiria aprovar as reformas e medidas necessárias para o avanço do país.
Lula repetirá estratégia já usada
Caso seja eleito e escolha, de fato, um político e não um economista, Lula estará repetindo o que fez durante seu tempo à frente da presidência. Isso porque, à época, o petista escolheu Antonio Palocci, político que ficou no comando do Ministério da Fazenda entre 2003 e 2006.
Alguns anos depois, o político foi condenado pela Lava-Jato e chegou a assinar uma delação premiada que poderia comprometer Lula. Todavia, a Polícia Federal (PF) rejeitou o documento e o Supremo Tribunal Federal (STF) o excluiu do processo contra o ex-presidente.
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