De acordo com informações da equipe de transição do governo eleito, novas medidas são pretendidas para o programa habitacional Casa Verde e Amarela. A saber, o grupo de transição vem mantendo contato com o setor de construção, no intuito de mapear obras paralisadas e reunir frentes para o programa.
“Nossa proposta de retomada do programa Minha Casa, Minha Vida além de voltar a atender famílias de baixa renda, cujo atendimento foi abandonado desde 2016, prevê também aperfeiçoar o programa com soluções e modalidades apropriadas à diversidade urbana e regional do país”, declarou a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior, nomeada como integrante da equipe de transição, cotada para assumir o cargo de comando na área de obras de infraestrutura.
Fortalecimento do Casa Verde e Amarela
De acordo com Miriam, o Casa Verde e Amarela, nome pelo qual foi rebatizado o Minha Casa, Minha Vida, deve ser fortalecido com a construção de moradias, aluguel social, lotes urbanizados, além de ações em áreas centrais que utilizem edifícios vazios ou subutilizados, com o objetivo de garantir moradia à população.
Ainda mais, o grupo de transição discute os valores necessários para a reformulação do programa, no entanto, sem divulgar as cifras por enquanto. A saber, apenas a continuidade das obras em andamento demandaria um montante de R$ 700 milhões, de acordo com os cálculos do setor de construção.
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Problemas do programa
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, menciona que a volta de subsídios para a população mais vulnerável é uma medida positiva, mas ressalta a importância de que antigos problemas sejam observados.
Entre eles, está não repetir a construção de milhares de unidades em um mesmo empreendimento, assim como a escolha de lugares de difícil acesso.
Além disso, no Minha Casa, Minha Vida a inadimplência entre os beneficiários mais pobres era considerada alta, com um atraso de cerca de 50% dos contratos no período de 2014 a 2021.
“É muito importante ter esse foco na população que, muitas vezes, não tem condição de pagar pela casa. Mas, além do lado social, temos que olhar para o gasto público e também para outras questões, como a qualidade e localização dos empreendimentos”, pontua Martins.
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