A Casa Civil deletou as fotos em que o ministro da pasta, Ciro Nogueira, aparecia junto com o pastor Arilton Moura, suspeito de ter participado de um suposto esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC). De acordo com as informações, o encontro aconteceu no dia 21 de setembro do ano passado e, inclusive, foi capturado por um fotógrafo da Casa Civil.
Originalmente, as fotos podiam ser acessadas em um site onde a pasta disponibiliza suas imagens. No entanto, nesta sexta-feira (15), o conteúdo já não estava mais disponível aos que tinham interesse em vê-los. “Parece que a foto ou o vídeo que você está procurando não existe mais”, diz a mensagem no site.
Depois da notícia do desaparecimento das imagens, foi a vez do deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), que também participou da reunião, apagar as imagens que estavam em seu perfil no Instagram.
Quando as fotografias estavam no Instagram do deputado, a legenda dizia que “mais uma vez” ele esteve “com o ministro Ciro Nogueira para tratar sobre as demandas dos municípios tocantinenses”.
“Agradeço imensamente ao ministro pela paciência e presteza que sempre nos atende. Agradeço mais ainda pela sensibilidade em atender nossos pedidos que beneficiam as pessoas do Tocantins”, disse ele na publicação.
Visitas de pastor ao Planalto
Na quinta-feira (14), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, assim como publicou o Brasil123, divulgou uma lista com registros de acessos do pastor Arilton Moura a gabinetes do Palácio do Planalto.
De acordo com os documentos, de 2019 a até agora, ou seja, durante o período em que Jair Bolsonaro (PL) está comandando o Palácio do Planalto, o pastor Arilton esteve no local, que também abriga a Casa Civil, 35 vezes.
A informação sobre os registros de entrada e saída dos pastores no Planalto estava sob sigilo de 100 anos. A determinação foi feita pelo GSI na quarta (13) após o jornal “O Globo” ter pedido informações sobre esses encontros por meio da Lei de Acesso à Informação, que obriga o governo a, em regra, atender aos pedidos de qualquer pessoa.
Na quinta, todavia, a pasta liberou informação, afirmando que a divulgação dos dados foi fruto de uma “recente manifestação” da Controladoria Geral da União (CGU) quanto à necessidade de atender o interesse público”.
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