O Banco Central (BC) divulgou um estudo nesta quarta-feira (5) sobre as dívidas dos brasileiros. E o cartão de crédito respondeu por 30% dos débitos das famílias com instituições financeiras. Isso quer dizer que três em cada dez dívidas são junto aos bancos.
Em síntese, aproximadamente 65 milhões de pessoas realizaram mais de 200 milhões de operações com o cartão de crédito por mês em 2021. Esse dado mostra o quanto as pessoas utilizam o instrumento no país.
A saber, a divulgação destes dados ocorreu em uma pesquisa relacionada aos efeitos da simplificação no leiaute da fatura de cartão de crédito. Aliás, o novo leiaute fez os participantes do experimento do BC compreenderam melhor os dados apresentados na fatura.
Além disso, o estudo mostrou que as pessoas estavam mais bem informadas para identificar as consequências de aceitar o crédito rotativo, bem como de realizar o pagamento da fatura em parcelas.
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Cartão de crédito pode se tornar um grande risco
O BC explicou que o estudo também é um alerta para as pessoas desatentas. Em resumo, a utilização do cartão de crédito sem a devido atenção pode se transformar em uma verdadeira dor de cabeça para os usuários.
“Apesar da conveniência do uso do cartão como meio de pagamento, sua utilização desatenta pode custar caro ao usuário – por exemplo, quando ele deixa de pagar o valor integral da fatura e, consequentemente, toma o crédito rotativo ou utiliza a opção de parcelamento”, disse o documento.
“Com taxas de juros médias anuais superiores a 300%, essas modalidades de crédito são as mais caras do país e são utilizadas principalmente por pessoas com renda inferior a dois salários mínimos”, acrescentou.
Além disso, o BC afirmou que alguns fatores podem levar os consumidores a utilizarem o crédito rotativo ou o parcelamento das parcelas, como as faturas confusas, a complexidade do produto e o baixo nível de educação financeira dos usuários.
“Nesse sentido, a simplificação das faturas de cartão de crédito é vislumbrada como possível facilitador para melhorar o perfil de uso desse instrumento”, disse o BC.
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