Nesta segunda-feira (14), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a solução para o rotativo do cartão de crédito não pode prejudicar o consumidor nem o comércio.
No entanto, durante entrevista a jornalistas, ele não revelou qual seria a proposta preferida do governo para resolver o alto endividamento na modalidade. Entretanto, disse que o consumidor não pode ser prejudicado por medidas como o fim do parcelamento sem juros, por exemplo.
“O parcelado sem juros responde hoje por mais de 70% das compras feitas no comércio. Temos que ter muito cuidado para não afetar as compras do comércio e não gerar um outro problema para resolver o primeiro”, afirmou Haddad no início da noite desta segunda (14).
“Nós herdamos uma taxa de juros absurda do rotativo e vamos ter que equacionar [essa questão], mas [a solução] não passa por prejudicar o consumidor que está pagando as contas em dia”, completou.
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Juros do cartão de crédito
Sugerido pelos bancos para reduzir as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito, o fim das compras parceladas sem juros opõe as instituições financeiras e o comércio. Haddad, no entanto, disse que os bancos precisam apresentar dados que justifiquem a necessidade de restringir o parcelamento.
Segundo ele, essa iniciativa ainda não aconteceu.
Então, de acordo com o ministro, a previsão é de que um Grupo de Trabalho (GT) formado por representantes do Ministério da Fazenda, do Banco Central (BC), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), da Câmara dos Deputados e do Senado encontre uma solução em até 90 dias.
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Números do rotativo
Por fim, cabe mencionar que de acordo com o Banco Central, a taxa média de juros do crédito rotativo fechou o mês de junho em 437,3% ao ano.
Diante desse cenário, Haddad reforçou que não há uma proposta oficial dos bancos em relação ao rotativo e reforçou que a solução virá do grupo de trabalho.
“Nosso foco é o rotativo, não pode continuar como estar. Estamos levando ao Congresso Nacional, sobretudo à Câmara, um compromisso feito pelo setor privado, pelos bancos públicos e privados, de que isso tem que ter um prazo para terminar”, sinalizou.
Com informações da Agência Brasil
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