Iniciar as crianças do mundo financeiro é uma das melhores formas de evitar o endividamento no futuro, apontam pesquisas. Por conta disso, bancos vem criando, cada dia mais, serviços para a população adolescente, oferecendo produtos cada vez mais robustos. Contudo, o uso do cartão de crédito por esse público ainda gera polêmicas.
Por isso, hoje vamos entender se os menores de idade podem ter acesso ao cartão de crédito, como lidar com essa situação e usar o produto de forma correta desde o início da vida financeira.
Menor de idade pode ter cartão de crédito?
De forma geral, sim, os menores de idade podem ter um cartão de crédito. Contudo, são poucas as instituições que permitem esse uso. Quando o fazem, vinculam a conta do menor à conta de um adulto, dado que menores de idade, em si, não podem ter acesso a crédito no país. Porém, é preciso ter muito cuidado.
Isso porque o uso do cartão de crédito deve ser limitado a poucos valores mensais. A ideia do produto é inserir o jovem no mundo das finanças e mostrar como funciona a vida financeira na prática. Segundo especialistas, pais e responsáveis não devem usar o nome do menor para conseguir crédito ou limites maiores.
Além disso, são inúmeros os serviços financeiros aos quais os menores de idade têm acesso. Além do cartão de crédito, é possível ter uma conta remunerada, que rende 100% do CDI, plataformas de descontos, Pix, transferências, pagamentos de boletos e muito mais.
Atualmente, os principais bancos possuem cadastro para menores de idade. Se destacam no setor o Banco Inter, o Iti, o Nubank e também o Will Bank. Isso porque essas plataformas, além de oferecer o produto, oferecem aulas e interações que falam sobre finanças.
É uma boa ideia?
Com isso, muitos adultos se perguntam se é uma boa ideia dar um cartão de crédito a um menor de idade. Aqui, apesar de não existir uma resposta certa, é preciso levar em conta diversos fatores que podem ajudar a criança a desenvolver uma boa relação com o dinheiro. E isso, segundo pesquisas, é fundamental para uma vida mais tranquila no futuro.
O primeiro caminho é pensar se é preciso, de fato, usar o cartão de crédito para ensinar finanças pessoais. Na prática, você pode trabalhar com notas físicas ou, ainda, com cartões de débito. Essas duas formas podem ser usadas para depositar uma mesada, que será de uso definido pelo próprio menor. No caso do cartão de crédito, especialistas dizem que ele pode ser a última etapa quando o assunto é inserção de produtos financeiros.
Ainda, é preciso entender qual modalidade você disponibilizará. Isso porque existem os cartões comuns, mas também existem os cartões de crédito pré-pagos, que podem ser a melhor alternativa nesse ramo. Por fim, é preciso limitar os valores mensais de uso, para que o menor entenda que nem sempre é possível gastar toda a quantia desejada. Além disso, é preciso estimular o menor a guardar quantias mensais para aprender, desde cedo, a poupar dinheiro.