A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelou que 79,3% das famílias brasileiras estava endividadas em setembro de 2022. Além disso, 30% da população do país tinha dívidas atrasadas, ou seja, estava inadimplente.
A saber, ambos os números representam recorde da série histórica da CNC, iniciada em 2010. E o percentual de endividamento em cartão de crédito continuou liderando as dívidas entre os brasileiros, sendo citado por 85,6%.
Vale destacar que as taxas vinham caindo nos últimos meses, mas voltou a subir em setembro. Na comparação com o mesmo mês de 2021, houve uma alta de 1,0 ponto percentual nas dívidas com cartão de crédito.
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Cartão de crédito segue na liderança das dívidas
Em síntese, as dívidas com cartão de crédito continuam na liderança do ranking nacional, e com muita folga. Enquanto esse tipo de dívida atingiu 85,6% dos brasileiros, o segundo maior tipo de dívida foi de carnês de loja, com um percentual 4,4 vezes menor que o do cartão de crédito, de 19,4%.
Uma das explicações para o número elevado de dívidas no cartão de crédito é o seu uso generalizado. Antigamente, muitas famílias utilizavam o cartão de crédito para comprar bens duráveis, cujo pagamento ocorria em várias parcelas.
No entanto, as dificuldades financeiras fizeram muita gente passar a utilizar o cartão de crédito para comprar alimentos, por exemplo. Isso era algo que feito apenas a dinheiro ou cartão de débito no passado.
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Veja como não cair na inadimplência
De acordo com especialistas, há um risco elevado de cair na inadimplência com o cartão de crédito. Em suma, as dívidas costumam ser feitas espaçadamente, mas o pagamento ocorre de uma única vez. E, muitas vezes, o valor assusta e pega muita gente desprevenida.
Por isso, veja algumas dicas abaixo para não utilizar o cartão de maneira errada:
1- Reduza o número de cartões
Segundo uma pesquisa realizada pelo Serasa eCred, cerca de 47% dos consumidores tem quatro ou mais cartões de crédito. Isso é muito perigoso, pois gastos separados dão a sensação de dívidas menores. Por isso, tente reduzir o número de cartões, bem como os seus gastos.
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2- Fique atento às datas de vencimento dos cartões
A saber, o atraso das faturas, mesmo que por poucos dias, gera juros e multas na fatura seguinte. Isso não é bem visto pelo mercado e dificulta a chance de conseguir juros mais baixos e parcelamentos mais longos.
Além disso, a taxa básica de juro da economia, a Selic, está no maior nível desde novembro de 2016. Isso faz os juros do cartão de crédito dispararem, ou seja, o consumidor que atrasar o pagamento da fatura pagará bem mais caro por suas dívidas.
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3- Avalie a sua condição financeira
Por fim, há uma terceira dica bastante importante, mas que geralmente é ignorada. Em suma, as pessoas que têm cartão ou que pretendem adquirir algum devem avaliar a situação financeira em que se encontram, bem como entender se realmente precisam de um cartão de crédito.
Na verdade, é importante se atentar aos custos envolvidos, como anuidade, por exemplo. Nesse momento de juros elevados, o mais indicado é evitar dívidas parceladas e que podem crescer com o tempo em caso de atraso.
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