O Banco Central (BC) revelou que o cartão de crédito respondeu por 30% das dívidas dos brasileiros com instituições financeiras. Isso quer dizer que três em cada dez dívidas junto aos bancos são feitas por cartão de crédito.
No país, muita gente acaba se endividando por não prestar atenção nas compras feitas e nas faturas do cartão. Como muita gente não se mostra realmente capaz de identificar as consequências de aceitar o crédito rotativo, bem como de realizar o pagamento da fatura em parcelas, acaba entrando para o grupo dos endividados do país.
Uma das explicações para o número elevado de dívidas nessa modalidade é o seu uso generalizado. Antigamente, muitas famílias utilizavam o cartão de crédito para comprar bens duráveis, cujo pagamento ocorria em várias parcelas.
No entanto, as dificuldades financeiras fizeram muita gente passar a utilizar o cartão de crédito para comprar alimentos, por exemplo, algo feito apenas a dinheiro ou cartão de débito no passado.
“Apesar da conveniência do uso do cartão como meio de pagamento, sua utilização desatenta pode custar caro ao usuário – por exemplo, quando ele deixa de pagar o valor integral da fatura e, consequentemente, toma o crédito rotativo ou utiliza a opção de parcelamento”, disse o BC em nota.
“Com taxas de juros médias anuais superiores a 300%, essas modalidades de crédito são as mais caras do país e são utilizadas principalmente por pessoas com renda inferior a dois salários mínimos”, acrescentou a instituição financeira.
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Veja como não cair na inadimplência
De acordo com especialistas, há um risco elevado de cair na inadimplência com o cartão de crédito. Em suma, as dívidas costumam ser feitas espaçadamente, mas o pagamento ocorre de uma única vez. E, muitas vezes, o valor assusta e pega muita gente desprevenida.
Por isso, veja algumas dicas abaixo para não utilizar o cartão de maneira errada:
1- Reduza o número de cartões
Segundo uma pesquisa realizada pelo Serasa eCred, cerca de 47% dos consumidores tem quatro ou mais cartões de crédito. Isso é muito perigoso, pois gastos separados dão a sensação de dívidas menores. Por isso, tente reduzir o número de cartões, bem como os seus gastos.
2- Fique atento às datas de vencimento dos cartões
A saber, o atraso das faturas, mesmo que por poucos dias, gera juros e multas na fatura seguinte. Isso não é bem visto pelo mercado e dificulta a chance de conseguir juros mais baixos e parcelamentos mais longos.
Além disso, a taxa básica de juro da economia, a Selic, está no maior nível desde novembro de 2016. Isso faz os juros do cartão de crédito dispararem, ou seja, o consumidor que atrasar o pagamento da fatura pagará bem mais caro por suas dívidas.
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3- Avalie a sua condição financeira
Por fim, há uma terceira dica bastante importante, mas que geralmente é ignorada. Em suma, as pessoas que têm cartão ou que pretendem adquirir algum devem avaliar a situação financeira em que se encontram, bem como entender se realmente precisam de um cartão de crédito.
Na verdade, é importante se atentar aos custos envolvidos, como anuidade, por exemplo. Nesse momento de juros elevados, o mais indicado é evitar dívidas parceladas e que podem crescer com o tempo em caso de atraso.
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