O Governo Federal anunciou nesta quinta-feira, 25, que diminuirá os impostos sobre alguns veículos no país. A medida, que valerá apenas para carros novos, busca baixar o preço dos automóveis no país. Atualmente, um carro popular pode custar até R$ 120 mil, um valor considerado alto pelo governo e também por especialistas no assunto. Apesar de polêmica, a medida foi bem recebida nos setores automotivos.
Isso porque a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que o carro popular pode voltar a custar, em média, R$ 60 mil. O preço desses bens começou a aumentar muito durante a pandemia e diversos problemas na economia mantiveram o preço nas alturas. Por isso, quem quer ter um carro novo já pode voltar a sonhar.
Governo vai incentivar a compra do carro novo
O Governo Federal anunciou que dará incentivos tributários para a indústria automotiva. O intuito da medida é permitir que mais brasileiros tenham acesso ao carro novo. Atualmente, um carro popular pode custar muito no bolso do cidadão, em especial para as famílias de menor renda. Com o anúncio, os preços podem cair até o final do ano, estimam entidades.
O objetivo do governo é diminuir o preço para o consumidor final. Portanto, essa será a medida analisada para entender o sucesso, ou não, do programa. Segundo atuais estimativas, o preço de um carro novo pode cair até 10,96%. Contudo, é importante ressaltar que a medida valerá para veículos que custam, atualmente, até R$ 120 mil. Além disso, dados mostram que os carros mais baratos no país custam, em média, R$ 68 mil, o que equivale a pouco mais de 50 salários mínimos atuais.
Apesar do grande anúncio ser considerado uma boa ação pelo governo, alguns economistas são céticos em relação ao programa. Isso porque o preço de um carro novo depende de muitos outros fatores que não estão ligados aos impostos. Por isso, para essas pessoas, o novo valor dos veículos pode cair, mas não na proporção projetada.
Outra medida para baratear os veículos
Além de reduzir os impostos no carro novo, o governo quer permitir uma nova forma de vendas no país. Isso porque, atualmente, as fabricantes podem efetuar as vendas dos veículos apenas para empresas, ou seja, entidades que tenham CNPJ. Para baratear para o consumidor final, a ideia do governo é permitir a venda direta para pessoas físicas.
Com a medida, o governo conectará montadoras e cidadãos de forma automática. Com isso, retira-se os custos de logística e o lucro das concessionárias na hora da venda, além de outros fatores que encarecem o carro novo.
No geral, o desconto sobre o carro novo será de 1,5% a 10,96%, dependendo de três fatores: valor atual do veículo, a emissão de poluentes e a cadeia de produção. Dessa forma, quanto mais barato o veículo for, maior o desconto que ele terá. Além disso, quanto menos poluente ele for, maior o desconto. Por fim, quanto mais peças fabricadas no Brasil tiver, mais barato o carro deve ficar.
Agora, o Ministério da Fazenda terá 15 dias para calcular os impactos da medida no orçamento público, antes que o governo edite uma Medida Provisória, fazendo a regra valer em todo o país.