O vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, atual presidente da república brasileira, esteve em viagem para a Rússia, junto a comitiva presidencial. A viagem, por si só, já causou uma grande repercussão em todo o mundo. Afinal, a tensão entre a Rússia e Ucrânia está bastante elevada.
Nesse sentido, o inquérito dos atos antidemocráticos diz respeito não ao teor da viagem em si. Mas sim a presença do filho do presidente, que atualmente é vereador no Rio de Janeiro. No entanto, além de Carlos, também é alvo da investigação, o assessor Tercio Arnaud.
Ambos fizeram parte da comitiva presidencial que realizou a viagem para a Rússia, e o inquérito objetiva averiguar a agenda deles dois enquanto passavam por Moscou. Assim, será possível confirmar se a presença de Carlos Bolsonaro e do assessor está relacionado com a estratégia para usar indevidamente as redes sociais para as eleições de 2022.
Vale lembrar que o responsável por entrar com a petição foi Randolfe Rodrigues, senador pela Rede-AP, que oficializou o pedido no Supremo Tribunal Federal (STF). É válido salientar que o inquérito dos atos antidemocráticos é o responsável por investigar a atuação de diversos grupos bolsonaristas, que disseminam notícias falsas nas redes sociais. Assim, Randolfe solicitou, nesse âmbito, a investigação sobre a presença de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud na Rússia.
Inquérito dos atos antidemocráticos investiga Carlos Bolsonaro por viagem a Rússia
A fundamentação do pedido é de que Carlos supostamente comanda o chamado “gabinete do ódio”, que atua justamente nessa disseminação de fake news nas redes sociais. Em relação a isso, o mesmo já é alvo de outra investigação dentro do STF. Esse gabinete contaria justamente com diversos assessores de Jair Bolsonaro, dentre eles o próprio Tercio Arnaud.
Com isso, o ministro Alexandre de Morais, que é o relator do já mencionado inquérito dos atos antidemocráticos, foi quem recebeu a petição do senador Randolfe. Desse modo, o pedido é para que apurem-se as circunstâncias dessa viagem a Rússia. E, principalmente, quanto a presença dos dois integrantes do gabinete do ódio (Carlos Bolsonaro e Tercio). Com isso, de acordo com a petição, será possível observar quais são os reflexos de suas presenças sobre a integridade das eleições presidenciais desse ano.
Ao todo, a petição busca averiguar o nome de todos os que integraram a comitiva; a agenda individual de cada um deles; os resultados individuais dessas agendas, principalmente de Carlos e Tercio; e a tomada de depoimento de Tercio Arnaud e Carlos Bolsonaro.
Nesse sentido, segundo o senador Randolfe Rodrigues, é preciso realmente apurar os motivos das presenças de ambos nessa comitiva. Afinal, os dois são investigados por participarem do gabinete do ódio, e não há um porquê claro de suas presenças na Rússia.
Como mencionado, a petição está nas mãos de Alexandre de Morais. Ele é quem deve analisar o caso com mais clareza, e levar até os demais ministros do STF. Assim, os envolvidos na petição seguem suas agendas normalmente, sem a confirmação se será ou não necessário realizar os devidos esclarecimentos, ou se realmente será tomado o depoimento de ambos.