Em post publicado em sua rede social, o vereador da cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), comunicou que não irá mais ser o responsável pela comunicação das redes sociais de seu pai, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Carlos foi responsável pela criação do perfil e comandou o mesmo por mais de uma década.
“Após mais de uma década à frente e ter criado as redes sociais de Jair Bolsonaro, informo que muita em breve chegará o fim deste ciclo de vida voluntariado. Pessoas ruins se dizem. Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é exceção aqui”, disse Carlos Bolsonaro, em um post publicado em conta pessoal do Twitter.
Carlos Bolsonaro foi apontado por muitos, inclusive pelo próprio ex-presidente da República, como um dos principais responsáveis pela chegada do pai no Palácio do Planalto. Contudo, Carlos vem reclamando de um suposto tratamento que recebia, embora não tenha dado maiores detalhes. Ele afirmou “ser tratado de modo que nem um rato mereceria”, afirmando que não acredita “mais no que trouxe até aqui”.
“Pretendo entrar em um novo ciclo de vida com foco pessoal. Difícil ficar sozinho anos e ser tratado de modo que nem um rato mereceria. Anos de muita satisfação pessoal e tenho certeza que de muita valia para pessoas boas e também às mais ingratas e sonsas”, disse Carlos Bolsonaro. “Até lá tentarei me manter como sempre, sozinho, mas com muita energia. Não acredito mais no que me trouxe até aqui, mas torço para que tudo dê certo para todos!”. O filho do ex-presidente também era responsável por administrar as contas do Instagram e do Facebook nos últimos anos.
Após mais de uma década à frente e ter criado as redes sociais de @jairbolsonaro , informo que muito em breve chegará o fim deste ciclo de vida VOLUNTARIADO. Pessoas ruins se dizem as tais e ganham muito com o suor dos outros que trabalham de verdade e isso não é excessão aqui.
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) April 16, 2023
MP ainda aguarda análise complementar sobre “rachadinha” de Carlos Bolsonaro
O promotor Alexandre Graça ainda aguarda uma análise complementar do Laboratório de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) antes de tomar uma decisão sobre os próximos passos da investigação relacionada ao esquema de “rachadinha” no qual o vereador Carlos Bolsonaro é suspeito de desviar verbas públicas.
Nesta semana, Graça recebeu um laudo do laboratório que contém a análise da movimentação financeira das contas bancárias investigadas no esquema. Contudo, técnicos especializados em lavagem de dinheiro ainda irão se reunir com o promotor nos próximos dias para compartilhar algumas outras informações do material analisado.
O Ministério Público vem investigando se Carlos Bolsonaro recebeu de volta uma parte dos salários dos seus funcionários que trabalham em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio, no qual é vereador desde 2001. Seu irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL) também é investigado pelo mesmo esquema de corrupção. Ao que tudo indica, a investigação sobre Carlos Bolsonaro se encaminha para a reta final, podendo ser, inclusive, acusado de improbidade administrativa, o que pode culminar com a perda de seu mandato como vereador do município do Rio de Janeiro.
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