A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgou dados muito positivos nesta terça-feira (5). A saber, as empresas brasileiras captaram R$ 404,8 bilhões no mercado de capitais domésticos entre janeiro e setembro.
Apesar de o ano ainda não ter acabado, a captação já supera o nível registrado em 2020. Aliás, este valor é o segundo maior já registrado pela série histórica. Em resumo, esse segmento engloba renda variável, renda fixa e instrumentos híbridos, como debêntures.
De acordo com a Anbima, a renda variável respondeu por R$ 123,7 bilhões no acumulado do ano. Esse é o maior volume nominal da série histórica. Já a renda fixa e os instrumentos híbridos somaram R$ 281,1 bilhões em captção entre janeiro e setembro deste ano.
Além disso, o levantamento revelou que as empresas brasileiras emitiram US$ 23,5 bilhões em títulos de dívida no mercado externo. A propósito, estes papéis internacionais são chamados de “bounds”. Ao se converter para dólar, a emissão destes papéis chega a R$ 49,23 bilhões.
Veja mais detalhes do levantamento da Anbima
Segundo o diretor da Anbima, José Laloni, as captações de debêntures “nos dizem que provavelmente adicionando os últimos meses do ano vamos ter um ano recorde desse instrumento de renda fixa”. Entre janeiro e setembro, as captações somam R$ 155,4 bilhões.
Laloni também ressaltou que estes números indicam uma tendência de alongamento de prazos na emissão dos papéis. “Voltamos para os melhores momentos de alongamento que tínhamos em 2019”, disse, em coletiva sobre resultados trimestrais. “O alongamento de prazo é uma realidade. Temos visto operações de cinco anos a até dez anos de debêntures”, acrescentou.
Por fim, Laloni destacou que o novo Fundo de Investimentos do Agronegócio (Fiagro) pode vir a ser uma importante fonte de captação de recursos para o setor. A saber, sua criação ocorreu em março deste ano e o fundo já possui “14 ofertas em análise da Fiagro”, disse o dirigente.
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