A movimentação para as eleições de 2022 já começou com a organização dos candidatos à presidência da República. Entre eles, está o candidato mais polêmico de todos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já se consolidou como protagonista na corrida ao pleito eleitoral ao lado do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Conforme observado até o momento, Lula aparenta ter uma certa cautela nos passos para a candidatura até entender como será o empenho para a criação do que se chama de terceira via. Ainda assim, ele tem buscado contato com os dirigentes dos partidos do Centrão em Brasília, afirmando que fará todas as alianças possíveis até o pleito eleitoral.
Um possível nome à “terceira via” é o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, famoso rival de Lula. A expectativa é para que ele anuncie a filiação junto ao partido Podemos até o dia 10 de novembro. Os integrantes da sigla, inclusive, reforçam a candidatura de Moro à presidência da República. Entretanto, é importante ressaltar que, por hora, tratam-se apenas de especulações. Nada pode ser confirmado até que a filiação realmente aconteça.
Por outro lado, dois políticos que hoje são governadores dos Estados de São Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS), João Doria e Eduardo Leite, também entram nesta disputa, mas de maneira interna, tendo em vista que ambos são integrantes da mesma sigla, o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Aliados de João Doria acreditam que ele seja o favorito nesta disputa tendo em vista que reúne a maior parte da militância tucana.
Em contrapartida, Eduardo Leite não fica atrás nessa disputa, pois também tem o apoio de vários integrantes do PSDB, inclusive em São Paulo, como o prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth. Mas os candidatos à “terceira via” não param por aí, já que também existe a possibilidade de uma candidatura vinda do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que se filiou ao Partido Social Democrata (PSD) na última semana e que, desde então, tem proferido críticas constantes a Bolsonaro e Lula.
Até o momento, outros políticos permanecem na moita com a candidatura incerta. É o caso do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e do apresentador José Luiz Datena. A incerteza é proveniente da fusão das siglas de ambos, o Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL), que resultaram na União Brasil.
Esta junção foi aprovada pela Câmara dos Deputados e transformada em lei, permitindo que partidos políticos se unam em uma só federação para concorrerem às eleições de 2022 com apenas uma legenda.
A medida é regulamentada pela Lei nº 14.208, de 2021. A federação de partidos é formada por regras que dispõem sobre o funcionamento parlamentar junto à fidelidade partidária. Desta forma, garante-se a preservação da identidade e da autonomia dos partidos que integrarem uma determinada federação. Sendo assim, será necessário respeitar as seguintes regras:
- A federação somente poderá ser integrada por partidos com registro definitivo no Tribunal Superior Eleitoral;
- Os partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados por no mínimo quatro anos;
- A federação poderá ser constituída até a data final do período de realização das convenções partidárias;
- A federação terá abrangência nacional e seu registro será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral.
Por fim, dois senadores têm se destacado em meio à CPI da Covid-19 também podem entrar nessa disputa. Trata-se de Alessandro Vieira (Cidadania) e Simone Tebet (MDB). Alessandro já se colocou à prontidão junto ao partido para concorrer à presidência no próximo pleito eleitoral.