De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo, e corresponde a 27% de todos os tumores malignos do país.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, no Brasil, o número de casos novos de câncer de pele não melanoma esperados, para cada ano do triênio 2020-2022, será de 83.770 em homens e de 93.170 em mulheres. Esses dados correspondem o a um risco estimado de 80,12 casos novos a cada 100 mil homens e 86,66 casos novos a cada 100 mil mulheres.
Entre os fatores de risco, a exposição excessiva ao sol e sem o uso de filtro solar influenciam o desenvolvimento do câncer de pele.
“Além da exposição prolongada e repetida ao sol, principalmente na infância e adolescência, outros fatores de risco são ter pele e olhos claros, ser albino e ter vitiligo. Também estão mais vulneráveis as pessoas com histórico da doença na família e quem faz tratamento com medicamentos imunossupressores”, explica a Pasta.
De acordo com o INCA, o sinal de alerta deve acender quando surgem manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram. Além disso, o indivíduo deve ficar alerta em caso de feridas que não cicatrizam em quatro semanas. Isso porque, de acordo com o instituto, tais sintomas podem ser indicativos do câncer de pele não melanoma, que ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas.
“O melanoma, forma mais grave do tumor, pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Essas lesões costumam ter formato assimétrico, bordas irregulares, mais de uma cor e mudar de tamanho de forma rápida. Apesar de mais raro, é um tipo de câncer bastante agressivo, podendo levar à morte”, explica o MS.
Como prevenir o câncer de pele
Evitar exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h.
Procurar lugares com sombra.
Usar proteção adequada, como roupas, bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros com proteção UV, sombrinhas e barracas.
Aplicar na pele, antes de se expor ao sol, filtro (protetor) solar com fator de proteção 30, no mínimo. É necessário reaplicar o filtro solar a cada duas horas, durante a exposição ao sol, bem como após mergulho ou grande transpiração. Mesmo filtros solares “à prova d’água” devem ser reaplicados.
Usar filtro solar próprio para os lábios.
Em dias nublados, também é importante o uso de proteção.
As tatuagens podem esconder lesões, portanto, merecem atenção.
Nas atividades ocupacionais, pode ser necessário reformular as jornadas de trabalho ou a organização das tarefas desenvolvidas ao longo do dia.
Diagnóstico e tratamento da doença
O Ministério da Saúde indica que se o paciente tiver suspeita de câncer de pele, este deve comparecer ao posto de saúde mais próximo de sua casa. Em caso de urgência, deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Além disso, o diagnóstico normalmente é feito pelo dermatologista ou cirurgião, por meio de exame clínico. De acordo com a Pasta, em algumas situações, é necessário o exame que permite visualizar algumas camadas da pele não vistas a olho nu. Alguns casos exigem um exame invasivo, que é a biópsia.
“A cirurgia é o tratamento mais indicado para o câncer. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio da doença. Quando há metástase (o câncer já se espalhou para outros órgãos), o melanoma é tratado com novos medicamentos, que apresentam altas taxas de sucesso terapêutico”, explica o MS.
Com informações do Ministério da Saúde
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