As equipes que cuidam das campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) firmaram, nesta sexta-feira (28), um acordo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, com isso, abriram mão de todos os processos que tinham como intuito conseguir o direito de resposta na televisão no horário eleitoral um do outro.
Nesta sexta, aconteceu o último dia de propaganda eleitoral na televisão e na rádio antes do segundo turno, marcado para acontecer no próximo domingo (30). O acordo foi homologado em uma sessão extraordinária por Alexandre de Moraes, presidente do TSE, depois de ter sido aprovado por unanimidade no plenário da corte.
Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça e advogado da campanha de Lula, revelou que o acordo foi o caminho encontrado para “encerrar” a disputa no tribunal. “Esperamos tranquilizar esse final de semana”, disse ele.
Quem também comentou sobre o acordo foi o também ex-ministro do TSE Tarcísio Vieira de Carvalho. Ele, que defende Bolsonaro, disse que “essa abertura de cadeia extraordinária de TV submeteria o eleitor a um prejuízo da serenidade democrática e a um material publicitário pouco propositivo”.
“Ambas as candidaturas acreditam ter colaborado nos limites das nossas forças para que o encerramento dessa fase, alusiva a propaganda de TV se dê em clima de paz e normalidade. Tudo em respeito ao TSE, ao eleitor e à democracia em sentido material”, afirmou Tarcísio Vieira de Carvalho.
Durante a sessão, Alexandre de Moraes elogiou a conduta das campanhas de desistir das ações, classificando a conduta como uma “civilidade democrática”. “O colegiado se debruçou sobre os casos e de forma serena demonstrou que acertou”, começou o presidente do TSE.
“Acertou porque isso levou a esse acordo de civilidade democrática entre as duas coligações, entre os dois candidatos, que reiteram na petição a lisura do pleito democrático de 2022 e da conduta deste TSE”, copletou Alexandre de Moraes.
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