A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute sobre a possibilidade de o petista fazer acenos ao agronegócio e também ao segmente evangélico. A tentativa: diminuir a resistência ao petista nesses dois grupos.
De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da “Globo News”, foi a falta de interlocução com os dois grupos citados que acabou impedindo que o ex-presidente conseguisse uma vantagem maior sobre o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno.
Ainda conforme o jornalista, a campanha acredita, inclusive, que foi o distanciamento para com esses grupos que acabou fazendo com que Lula perdesse, por exemplo, na Região Sul, onde o agronegócio tem grande participação na atividade econômica, e no Rio de Janeiro, estado esse onde o segmento evangélico tem uma forte presença.
Por conta dessas avaliações, a equipe de Lula tende a aumentar os canais de diálogo com os religiosos. Segundo Valdo Cruz, existe na equipe que cuida da campanha do ex-presidente a discussão sobre a produção de um material com foco nos evangélicos – o conteúdo seria distribuído tanto de forma impressa quanto de maneira eletrônica.
No material, informou o jornalista da “Globo News”, deve constar afirmações como a que o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) respeita a liberdade religiosa e que Lula tem diálogo com todos os segmentos, inclusive com pastores evangélicos. Não suficiente, os materiais também pretendem bater na tecla que são falsas as informações de que Lula pretenda fechar templos evangélicos.
Já para o agronegócio, a equipe de campanha de Lula indica que o presidente deva se concentrar no Centro-Oeste, dedicando, em suas propagandas partidárias, o tempo para suas propostas de financiamento para o produtor rural.
Neste segundo turno, o esforço de Lula será o de se aproximar do campo de centro. O intuito, informou Valdo Cruz, é fazer com que ele herde os votos que, no primeiro turno, foram dos candidatos derrotados Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB).
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