A equipe que cuida da campanha do presidente da República Jair Bolsonaro (PL), que tenta se reeleger ao cargo, está preocupada por conta de repercussão negativa que teve um vídeo publicado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), que atacou a ministra Cármen Lúcia.
“Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas, arrombad*s”, né? Aí que viram para o cara diz: ‘E, benzinho, no rabinh*, nunca dei o rabinh*, pela primeira vez. É a primeira vez’. Ela fez pela primeira vez, ela abriu mão da inconstitucionalidade pela primeira vez. Ela diz assim: ‘é inconstitucional, censura prévia é contra a súmula do Supremo’, mas é só dessa vez benzinho”, disse ele.
De acordo com o jornalista da “Globo News” Valdo Cruz, a equipe de Bolsonaro avalia que as falas podem prejudicar o presidente, visto que o ex-deputado é tido como um fiel aliado do chefe do Executivo, que hoje tenta conquistar votos de eleitores indecisos e de centro.
Segundo o comunicador, aliados do presidente dizem que o vídeo de Roberto Jefferson caiu como uma bomba e dificulta a estratégia de conquistas esses eleitores, pois acaba os afastando. Isso, porque esses dois segmentes de eleitorados contém pessoas que repudiam esses tipos de ataques.
Ainda segundo Valdo Cruz, a equipe de Bolsonaro constatou que a onde de pessoas que se pronunciaram a favor de Cármen Lúcia e contra as declarações do ex-deputado mostram que as falas podem causar um estrago na campanha. Por conta disso, a ideia é se afastar da figura de Roberto Jefferson, que, até o momento, era aliado de Bolsonaro.
Roberto Jefferson era o candidato à presidência da República pelo PTB. No entanto, a Justiça Eleitoral indeferiu sua candidatura. Ele foi substituto por Padre Kelmon, que atuou nos debates como uma espécie de “auxiliar” de Bolsonaro para defender o presidente e atacar seus rivais, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste domingo (23), a Polícia Federal (PF) esteve na casa do ex-deputado e foi recebida com tiros e bomba.