No próximo dia primeiro de janeiro, começa de fato o terceiro mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com isso, a residência oficial dos chefes do Executivo, localizada no Palácio do Alvorada, em Brasília, deverá ser desocupada pelo atual mandatário Jair Bolsonaro (PL).
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Nesta quinta-feira (15), imagens da “TV Globo” mostraram que a despedida de Bolsonaro do local está próxima, visto que um caminhão de mudança foi flagrado chegando no Palácio da Alvorada, que é ocupado pelo atual presidente desde 2019.
Hoje, além de Bolsonaro, vivem na residência oficial do presidente da República a primeira dama Michelle Bolsonaro e a filha mais nova do chefe do Executivo, Laura. Conforme a “TV Globo”, o caminhão de mudança chegou ao local por volta das 16h.
Caminhão de mudança é flagrado no Palácio da Alvorada, residência de Bolsonaro
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Apesar de parecer ter aceitado a derrota nas urnas, Bolsonaro ainda não reconheceu publicamente a vitória de Lula. Desde as eleições, inclusive, poucas foram as vezes que Bolsonaro apareceu ou discursou.
De 30 de outubro até esta quinta, foram cerca de seis aparições de Bolsonaro e apenas três discursos. O último, assim como publicou o Brasil123, foi feito a apoiadores que foram ao Palácio do Alvorada, que hoje recebeu o citado caminhão de mudança.
Na ocasião, o presidente afirmou que “tudo dará certo” no “momento oportuno”. Na conversa, Bolsonaro ouviu seus apoiadores gritarem “eu autorizo” em direção ao presidente, um grito de ordem que vem sendo entonado por bolsonaristas que não aceitam a vitória de Lula e, por isso, pedem uma intervenção militar.
De acordo com Bolsonaro, que deve assumir o cargo de presidente de honra do Partido Liberal (PL), quem decidirá seu futuro e de outras instituições como as Forças Armadas e Casas do legislativo, são seus apoiadores.
“Quem decide o meu futuro, por onde eu vou, são vocês. Quem decide para onde vão as Forças Armadas, são vocês. Quem decide para onde vai a Câmara e o Senado, são vocês também”, destacou.
Por fim, o presidente ainda disse que seus apoiadores devem respeitar o direito de pessoas “que pensam diferente”, mas devem tentar trazê-las “para o nosso lado, o lado da verdade, da honestidade, do respeito, da família, da liberdade de expressão religiosa”. “Somente assim poderemos ter um Brasil grande para todos nós”, pontuou o presidente.
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