A Câmara Municipal de Florianópolis aceitou nesta terça-feira (13) uma denúncia de quebra de decoro parlamentar contra o vereador Marcos Leandro da Silva (PSC), conhecido como Marquinhos, acusado de assédio contra sua colega de Casa Carla Ayres (PT).
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De acordo com a Câmara Municipal de Florianópolis, agora, o caso será encaminhado ao Conselho de Ética da Câmara, que deve iniciar a análise em até cinco dias após o recebimento. Assim como publicou o Brasil123, o assédio aconteceu na última quarta-feira (07).
Na ocasião, Carla Ayres participava da sessão e discutia um projeto. Câmeras de segurança mostram o momento em que ela foi abordada por Marquinhos. Na imagem, é possível ver o vereador puxando a mulher pelo braço e, ao ver sua recusa, abraçando a vítima por trás e beijando seu rosto à força.
Após o caso, a vereadora, durante uma entrevista, classificou a situação como um “assédio explícito”. “Um assédio contra o meu corpo e que manifesta a forma como os homens lidam com as mulheres em vários espaços, inclusive nos espaços institucionais”, disse ela, que ainda disparou que ficou “enojada” com a postura do colega vereador. Relembre o vídeo:
No dia em que aprovamos a Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Florianópolis, mais uma cena de assédio que precisamos lutar para que não ocorra nas ruas e nos parlamentos do nosso país. Não é brincadeira se só um riu! pic.twitter.com/2a8VytmG6X
— Carla Ayres (@carlaayres) December 7, 2022
Nesta terça, nas redes sociais, a vereadora disse que o acusado será notificado pelo Conselho para que apresente a defesa escrita no prazo de dez dias. “Agradecemos aos vereadores e vereadoras que votaram pela abertura do processo”, começou ela.
“São parlamentares que mostram a seriedade do legislativo municipal. Continuamos acreditando nas instituições democráticas e na defesa dos nossos direitos”, completou a vereadora. Já o vereador Marquinhos publicou um comunicado dizendo que vai aguardar o andamento do processo para novos pronunciamentos. Todavia, ele garantiu colaborar com a “análise dos fatos”.
Na semana passada, depois do caso, o vereador reconheceu que errou. Na ocasião, ele disse que abordou a vereadora de “maneira inconveniente, sem sua autorização”. Todavia, alegou que não agiu “de maneira má-intencionada”.
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