A Câmara dos Deputados teve um dia de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Uma dessas comissões criadas foi a das Criptomoedas, cúpula criada com foco em investigar indícios de fraude de empresas de serviços financeiros que prometem gerar patrimônio por meio das criptomoedas.
De acordo com as informações, a CPI, que terá 32 titulares e 32 suplentes e poderá funcionar por 120 dias, vai apurar as chamadas pirâmides financeiras, além de esquemas ponzi, “informações falsas sobre projetos ou serviços de estratégias de marketing que têm o intuito de ludibriar os investidores com oferta de rentabilidade alta ou garantida e inexistência de taxas”.
Em entrevista ao canal “CNN Brasil”, o deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade), autor do pedido de abertura da CPI, explicou que “o aumento do interesse nas transações com criptomoedas tem sido acompanhado de proliferação de fraudes” e há suspeitas de que “houve má-fé na gestão de diversas empresas”.
“A falta de vigilância rigorosa aliada ao alto nível de abstração, do anonimato, do perfil transfronteiriço das operações e de outras particularidades inerentes ao mercado de criptoativos deixam clara a existência de potenciais riscos aos usuários e investidores”, afirmou ele.
Além da citada, outra CPI criada foi a que visa investigar a manipulação de resultados em partidas de futebol. O requerimento de abertura da cúpula foi lido no fim de abril pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). O requerimento de criação da CPI é de autoria do deputado Felipe Carreras (PSB), que também será o relator da comissão.
O deputado Julio Arcoverde (PP) foi eleito para a presidência. Assim como publicou o Brasil123, a comissão foi anunciada no final de abril após Arthur Lira ter lido o requerimento que pedia a abertura da CPMI para que fosse possível investigar a manipulação de resultados em jogos de futebol.
O colegiado terá 34 membros titulares e o mesmo número de suplentes. Além do presidente e vice da comissão, a CPI terá como um dos integrantes da comissão será Bandeira de Mello (PSB), ex-presidente do Flamengo – ele foi convidado pelo líder de seu partido na Câmara, Felipe Carreras, que defendeu indicação de Bandeira de Mello explicando que a experiência como presidente do Flamengo por dois mandatos credencia o colega a tratar de assuntos voltados ao futebol no parlamento.
Além de Bandeira de Mello, quem também vai integrar a comissão será o ex-jogador de vôlei Maurício de Souza (PL), que no ano passado foi demitido de seu clube por conta de declarações homofóbicas. O delegado da Cunha (PP), que em 1996 quase foi para as Olimpíadas paral lutar Judô, colocou-se à disposição da comissão.
Além da CPI sobre a manipulação de resultados em partidas de futebol, também foi instalada na Câmara outras duas comissões: uma para apurar as invasões do Movimento Sem Terra (MST) e outra para investigar as inconsistências bilionárias nas contas das Lojas Americanas.
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