O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio de Janeiro decidiu, nesta quarta-feira (30), que vai recolher mais provas sobre a conduta do vereador Gabriel Monteiro (sem partido) que está sendo acusado por ex-funcionários de praticar assédio sexual e moral e por uma mulher de ter cometido estupro. Segundo o conselho, somente depois disso haverá uma investigação formal contra ele, o que pode render a cessação do político.
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As denúncias contra Gabriel Monteiro foram veiculadas no domingo (27), pelo programa “Fantástico”, da TV Globo. Desde então, o deputado nega ter cometido qualquer ato criminoso. Além dessas acusações, nesta quarta, vídeos íntimos do vereador com uma garota de 15 anos vazaram. Os dois afirmam que as relações foram consensuais.
Por conta de tudo isso, os sete titulares e dois suplentes do conselho se reuniram, sob a presidência do vereador Alexandre Isquierdo (DEM), para discutir o tema. No encontro, o vereador Chico Alencar (PSOL) propôs a abertura de representação em 48h para investigar Gabriel Monteiro por conta das denúncias.
Todavia, ele só teve a adesão da vereadora Teresa Bergher (Cidadania). Já os demais integrantes do grupo decidiram recolher provas e se reunir em uma outra oportunidade para somente depois disso decidir se vão ou não representar contra o vereador.
Segundo as informações, Gabriel Monteiro, que normalmente acompanha as sessões da Câmara de maneira virtual, decidiu ir à Casa e tentar acompanhar a reunião do conselho presencialmente, mas não foi autorizado. Em entrevista à “TV Globo”, ele afirmou que está sendo vítima de um complô de pessoas “que querem lhe destruir”.
“Quando a imprensa vai falar que eu desmascarei uma empresa de guincho que ofereceu propina?”, questionou o vereador, afirmando ainda que ajudou a criança que foi protagonista de um dos vídeos supostamente manipulados. O vídeo em questão foi retirado das redes sociais na segunda-feira pela equipe do próprio vereador.
O presidente do Conselho de Ética garantiu que a decisão de esperar uma semana para decidir não significa corporativismo. “Este conselho não age com corporativismo, vide o caso Jairinho”, disse, referindo-se ao ex-vereador acusado de torturar até a morte o enteado. Jairinho, que está preso, foi cassado em 2021.
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