Não foi desta vez que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpriu a promessa de provar que as eleições de 2018 e de 2014 foram fraudadas. Após o chefe do Executivo ter afirmado que iria revelar as supostas irregularidades advindas da urna eletrônica, o máximo que ele fez foi dizer que não tem provas de que os dispositivos são ou não seguros.
A noite desta quinta-feira (29) prometia. Prova disso é que Bolsonaro convocou veículos de imprensa e chegou a usar uma emissora pública de televisão para uma transmissão em tempo real na qual, segundo anunciou, seriam mostradas “provas” das fraudes.
Assim como normalmente acontece, a live de quinta do presidente se estendeu por mais de duas horas e ele tratou de diversos assuntos, até chegar no tema eleições. Todavia, o que era expectativa acabou virando frustração, pelo menos para aqueles que esperaram uma notícia bombástica do presidente que, assim como publicou o Brasil123, havia dito que “um hacker do bem” mostrou a ele que as eleições de 2014, além da 2018, também teriam sido fraudadas.
Todavia, em vez de provas, o presidente apresentou uma série de notícias falsas e vídeos que já foram desmentidos diversas vezes por órgãos oficiais. “Esses vídeos, todos eles estão disponíveis na internet. E por que nós fizemos questão de buscar nessa fonte? Porque é o povo. Essas pessoas não foram pagas para fazer isso, elas demonstraram interesse em ter uma democracia melhor, mais avançada, mais justa e transparente”, declarou.
“Os que me acusam de não apresentar provas, eu devolvo a acusação. Apresente provas de que ele não é fraudável”, disse Bolsonaro, que acabou se desmentindo ao dizer que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”, isto é, algo totalmente oposto do que fora dito quando ele afirmou que revelaria as fraudes. “Não temos provas, vou deixar bem claro, mas indícios que eleições para senadores e deputados podem ocorrer a mesma coisa. Por que não?”, completou.
TSE reforça a segurança da urna eletrônica
Nesta quinta-feira (29), o Tribunal Superior Eleitoral voltou a publicar uma matéria para atestar a lisura do processo eleitoral no Brasil. De acordo com o órgão, não há dúvida de que o sistema eleitoral brasileiro é seguro, transparente e auditável antes, durante e depois da votação. Diversos agentes externos e independentes. “Podem conferir e testar a segurança e a integridade do sistema de votação”, publicou a Corte.
Leia também: Covaxin: CGU identifica documentos adulterados e busca autoria