A BRF encerrou o segundo trimestre deste ano com um prejuízo líquido de R$ 199 milhões. Dessa forma, a companhia de alimentos reverteu o lucro de R$ 307 milhões registrado no mesmo período de 2020. E o principal motivo para a perda expressiva foi o aumento das despesas financeiras do grupo.
Em resumo, a BRF informou que esse crescimento de despesas aconteceu devido à atualização do valor justo da opção de venda. A saber, esse reajuste envolveu a combinação de negócios da Banvit, bem como os juros associados ao endividamento. Nesse caso, também se incluem contingências, passivos atuariais da empresa e arrendamentos.
Na verdade, todos estes pontos fizeram o prejuízo ser ainda maior quando considerado o total societário da BRF. Em suma, o prejuízo líquido entre abril e junho totalizou R$ 240 milhões.
Vale destacar que a BRF é dona das marcas Sadia, Perdigão, Qualy, Deline, Claybom, Banvit, entre outras. A propósito, a multinacional brasileira se originou da união da Sadia com a Perdigão.
Lucro ajustado da BRF cresce no trimestre
Embora a companhia tenha registrado um expressivo prejuízo líquido no período, o Ebitda, que representa os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado cresceu 23,2% na comparação com o mesmo período de 2020. Assim, o lucro somou R$ 1,271 bilhão no período, contra R$ 1,031 bilhão entre abril e junho do ano passado.
Além disso, a receita líquida da BRF chegou a R$ 11.637 milhões, alta de 27,8% em 12 meses. Já o fluxo de caixa operacional totalizou R$ 667 milhões, contra R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre de 2020, o que representa uma forte queda de 52,96% no período.
Por fim, no Brasil, o volume combinado de aves, suínos e outros (in natura) e processados atingiu 570 mil toneladas, superando em 2,5% o volume registrado um ano antes (555 mil toneladas). Nas vendas globais, o volume cresceu de 1,083 bilhão para 1,148 bilhão de toneladas, aumento de 6%.
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