Milhões de brasileiros dependem da cesta básica em um bom preço para conseguir realizar sua compra do mês e, recentemente, eles conseguiram comemorar a redução de valores. Afinal de contas, o valor da cesta no mês de junho caiu na maioria dos locais pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Em síntese, o levantamento coleta preços em 17 capitais brasileiras, onde consegue revelar as variações nos valores da cesta básica, em relação ao mês anterior, assim como no ano anterior. Além disso, o Dieese informa mensalmente quais produtos tiveram as maiores oscilações em seus valores.
Diante disso, os consumidores podem entender o que ajudou a aumentar ou reduzir o preço da cesta básica em cada mês. Nesse sentido, alguns itens muito importantes na mesa dos brasileiros ficaram mais baratos no país em junho, alegrando a população.
Por esse motivo que o valor da cesta básica caiu em 10 dos 17 locais pesquisados, aliviando um pouco a renda dos consumidores destes locais.
O preço do feijão fica menor em todas as capitais
Conforme informações do Dieese, o preço do quilo do feijão caiu em todas as 17 capitais em junho, o que resultou no inverso ao de abril, quando o item ficou mais caro em todos os locais.
Além disso, o levantamento aponta os valores do feijão preto nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro. No entanto, o tipo carioquinha é pesquisado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, bem como em Belo Horizonte e São Paulo.
Vale lembrar que o Dieese coleta os preços dos tipos mais consumidos em cada local. No caso do feijão preto, o menor recuo foi registrado em Vitória (-1,36%), porém, a maior alta ocorreu no Rio de Janeiro (-4,70%).
No acumulado dos últimos 12 meses até junho, por exemplo, as variações oscilaram entre a queda de 4,00% em Curitiba e a alta de 4,32% em Florianópolis.
Já no caso das variações do tipo carioquinha, tiveram uma oscilação entre -4,52% em Aracaju e -18,20% em Campo Grande. Nos últimos 12 meses, nove locais registraram queda no preço do feijão, destacando-se Belo Horizonte (-14,20%) e Campo Grande (-9,58%). Em Belém, por sua vez, o preço do item subiu 4,88%.
Acima de tudo, o Dieese explicou que o principal motivo para a queda nos preços do feijão preto foi o aumento do volume de grãos comercializados. Sendo assim, em relação ao feijão carioquinha, o rendimento ideal das lavouras e a expectativa de boa colheita nas próximas safras ajudaram a baratear o item.
A saber, esses resultados impactaram o valor da cesta básica, ficando mais barata na maioria dos locais pesquisados no mês de junho. Entretanto, não foi apenas o feijão que puxou o valor da cesta básica para baixo no mês passado.
Então, veja abaixo outros alimentos que pesaram mais significativamente no bolso dos brasileiros em abril.
Óleo de soja pode ajudar a reduzir preço da cesta básica
Assim como ocorreu com o feijão, o preço do óleo de soja também caiu em todas as 17 capitais em junho e repetiu o desempenho observado em maio. Assim, os recuos variaram entre -3,18% em Porto Alegre e -13,25% em Curitiba
Ao destacar o acumulado dos últimos 12 meses, o valor do item também caiu em todos os locais pesquisados. Mas é importante deixar claro que os destaques ficaram com Curitiba (-43,29%), Belo Horizonte (-42,92%), bem como em Belém (-40,99%).
Nesse sentido, o Dieese revelou que o preço da soja caiu nos mercados interno e externo em maio. Contudo, isso mudou em junho, subindo em ambos os locais. Ao mesmo passo, ocorreu também o crescimento da demanda do óleo de soja para produção de biocombustível.
A pesar desses fatos, os valores diminuíram no varejo brasileiro e ajudaram a reduzir o preço da cesta básica na maior parte do país em junho.
Além disso, é importante lembrar que os preços do óleo de soja estão caindo no país devido ao recorde que deverá ser alcançado pela produção nacional do grão neste ano. Isso significa que quanto maior a oferta, menores ficam os preços, mesmo que a demanda cresça, como aconteceu no mês passado.
Sobretudo, o forte resultado da produção de soja ajudou a impulsionar a agropecuária no primeiro trimestre de 2023. Dessa forma, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu mais que o esperado, animando o mercado.