O Brasil registrou uma saída líquida de US$ 1,172 bilhão em fluxo cambial na semana passada. A saber, o Banco Central (BC) divulgou as informações na última quarta-feira (29). Aliás, esse valor faz a contabilização de investimentos em portfólio e empréstimos, entre outros ativos no país.
Em resumo, a conta financeira teve uma saída de US$ 655 milhões entre os dias 20 e 24 de setembro. Já a conta comercial, que é o resultado do câmbio contratado para exportação menos importação, teve déficit de US$ 517 milhões. Dessa forma, o resultado mensal ficou negativo em quase US$ 1,2 bilhão na semana.
Apesar do expressivo resultado negativo, o saldo do fluxo cambial até 24 de setembro segue positivo, em US$ 812 bilhões. Isso acontece graças à conta comercial, que está positiva em US$ 2,084 bilhão. No entanto, o saldo negativo de US$ 1,272 bilhão da conta de capital reduz os ganhos no mês.
Com o acréscimo do resultado parcial de setembro, o fluxo cambial do Brasil registra entrada líquida de US$ 20,693 bilhões neste ano. Em suma, a conta financeira acumula ganhos de US$ 1,395 bilhão em 2021. Contudo, o grande destaque do ano é a conta comercial, com saldo positivo de US$ 19,298 bilhões.
Fluxo cambial do Brasil se recupera
Vale ressaltar que o Brasil acumulou uma saída bilionária do fluxo cambial no ano passado. À época, o saldo negativo chegou a superar os US$ 50 bilhões. Isso aconteceu devido à fuga de capital do país por causa da pandemia da Covid-19, que afundou o planeta numa recessão econômica.
Em suma, o Brasil encerrou 2020 com uma saída líquida de quase US$ 28 bilhões pelo câmbio contratado. Esse é o segundo pior resultado da história. Aliás, o fluxo cambial do país encerrou o terceiro ano consecutivo com resultados negativos, ou seja, com perda de recursos.
Por fim, a posição cambial líquida do BC despencou de US$ 299,450 bilhões em dezembro do ano passado para US$ 287,956 bilhões em janeiro, menor nível desde janeiro de 2018. A saber, essa posição cambial do BC é resultado de descontos em reservas montantes envolvidos em operações de swap cambial, bem como empréstimos em moeda estrangeira e linhas com recompra, entre outros.
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