A inflação média anual dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) continua subindo em 2022. De acordo com a entidade, a taxa anual chegou a 9,6% em maio deste ano, maior patamar desde agosto de 1988, ou seja, em quase 34 anos.
Em resumo, quanto mais elevada estiver a inflação, mais pressionados ficam os bancos centrais (BC) a aumentar os juros nos países. No Brasil, o BC já elevou 11 vezes consecutivas a taxa básica de juro da economia desde março do ano passado. Com o novo aumento, realizado em meados de junho, a taxa Selic chegou a 13,25% ao ano, maior patamar desde 2016.
A saber, a inflação global começou a crescer expressivamente devido aos impactos provocados pela pandemia da covid-19. Em suma, a crise sanitária afetou as cadeias globais de suprimentos, reduzindo a oferta de diversos itens. Assim, os preços subiram significativamente, pois a demanda continuava aquecida.
A situação ficou ainda mais grave com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Os gargalos nas cadeias de suprimentos ficaram ainda maiores e vêm afetando cada vez mais os países. E o Brasil não escapa desse cenário. Aliás, a população brasileira vem sofrendo com os juros altos, mas também com uma inflação que teima em se manter elevada.
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Brasil tem quarta maior inflação do G20
De acordo com o IBGE, a inflação anual no Brasil chegou a 11,73% em maio. A taxa é inferior à registrada em abril (12,13%), na base anual. Contudo, mesmo com essa desaceleração, a inflação continua bastante elevada no país. Inclusive, a taxa do Brasil é a quarta maior entre as 20 nações mais ricas do mundo, segundo a OCDE.
Veja abaixo as maiores taxa inflacionárias:
- Turquia: 73,5%
- Argentina: 60,7%
- Rússia: 17,1%
- Brasil: 11,7%
Vale destacar que estas taxas superaram a média inflacionária dos países da OCDE (9,6%). Além disso, a inflação destes países também ficou acima da taxa média do G20 (8,8%).
Por fim, as outras nações da OCDE que também registraram uma inflação de dois dígitos foram: Estônia (20%), Lituânia (18,9%), Letônia (16,9%), República Tcheca (16%), Polônia (13,9%) e Eslováquia (12,6%).
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