Nesta quarta-feira (26), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juro da economia brasileira estável, em 13,75% ao ano. Essa foi a segunda vez seguida que a taxa se manteve estável, após 12 avanços consecutivos dos juros no país, cuja primeira alta ocorreu em março do ano passado.
Embora a taxa Selic tenha permanecido estável, isso não retirou o Brasil da liderança do ranking mundial dos juros reais. Em resumo, a lista desconta a inflação projetada para os próximos 12 meses, e o Brasil segue na liderança desde maio, ou seja, há seis meses.
A saber, os juros reais no país estão a 7,8% ao ano com a taxa Selic em 13,75%, segundo um levantamento compilado pelo MoneYou e pela Infinity Asset Management. A propósito, o levantamento engloba 40 países, incluindo Estados Unidos, China, Japão e Alemanha, maiores economias do planeta.
- Brasil: 7,8%;
- México: 5,37%;
- Colômbia: 5,16%;
- Chile: 4,83%;
- Hungria: 3,72%;
- Hong Kong: 2,94%;
- Indonésia: 2,75%;
- Filipinas: 2,19%;
- Índia: 1,48%;
- África do Sul: 1,44%;
- Israel: 0,76%;
- Malásia: 0,46%;
- Nova Zelândia: 0,24%.
Todos os demais países do levantamento apresentaram taxas negativas de juros reais. Em suma, a Argentina ficou na última posição, com um juro real negativo de 20,64%. Também tiveram taxas negativas intensas: Turquia (-15,06%), Holanda (-7,21%), República Checa (-6,83%), Grécia (-6,49%) e Bélgica (-6,23%).
Entre as maiores economias do planeta, a China teve uma taxa de juros levemente negativa (-0,21%), ocupando a 15ª posição. Por sua vez, os Estados Unidos ficaram em 16º (-0,55%), enquanto o Japão ficou em 18º (-1,35%). Já a Alemanha se manteve na 33ª posição, com uma taxa de -5,32%.
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Brasil fica na segunda posição no ranking de juros nominais
Além disso, o levantamento também revelou as taxas de juros nominais entre os 40 países. Isso quer dizer que o ranking se refere ao valor nominal dos juros, sem descontar a inflação.
Em suma, o Brasil se manteve no segundo lugar, com a taxa de 13,75%. Nesse ranking, a Argentina liderou a lista, com a taxa básica de juro da economia atingindo expressivos 75% ao ano.
A saber, a Argentina vem tentando sair de uma recessão econômica desde 2018. No ano passado, a inflação disparou 50,9% no país, uma das maiores taxas do mundo. E isso explica o motivo de os juros estarem tão elevados e, mesmo assim, o país ter a menor taxa de juro real entre os 40 países do levantamento.
O top cinco nos juros nominais ainda traz a Turquia (13,00%), a Hungria (11,75%) e o Chile (10,75%). Entre as quatro maiores economias globais, as taxas foram as seguintes: China (4,35%, em 13º lugar), Estados Unidos (3,25%, em 17º), Alemanha (1,25%, em 29º) e Japão (-0,10%, em 39º).
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