A senadora Simone Tebet, oficializou a pré-candidatura ao pleito eleitoral de 2022. Ela é a primeira mulher a disputar a presidência da República nas próximas eleições até o momento.
Embora a candidatura tenha sido registrada somente agora, há meses tem sido feito o trabalho junto ao partido no qual a senadora faz parte, o MDB. Conforme apurado, um marqueteiro já foi contratado para começar a definir estratégias e alavancar a visibilidade do nome da senadora dentro e fora do próprio partido.
Simone Tebet já havia sido apontada pelo deputado federal, Baleia Rossi, do mesmo partido, como uma grande aposta na terceira via, denominação para quem se apresenta como uma alternativa ao atual presidente, Jair Bolsonaro, ou ao ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
“A Simone tem demonstrado uma capacidade de trabalho muito grande. Na CPI da Covid, ela defendeu a vida, defendeu o Brasil e os brasileiros, ela tem um histórico – enquanto mulher na política – de muita luta. É uma candidatura que nós do MDB acreditamos que vai crescer, que pode liderar esse movimento de terceira via, essa é a nossa intenção, é nisso que nós acreditamos”, disse Rossi na época.
No decorrer de 2021, a atuação de Tebet na CPI da Pandemia, junto a outras senadoras que lutaram por uma cadeira na investigação, a tornou destaque em nível nacional, mesmo com os constantes episódios marcados pelas denúncias de machismo no ambiente masculino do Senado Federal.
No mês de setembro, uma sessão da CPI que ouvia o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, estava quase sendo finalizada quando Tebet foi chamada de “descontrolada” após um questionamento da senadora sobre suspeitas da compra da vacina Covaxin.
O ataque foi sofrido por uma das parlamentares mais ativas na CPI, motivo pelo qual ganhou destaque na cobertura da imprensa na época. No entanto, é importante reforçar que a forte atuação de Tebet na política já percorre um longo caminho.
Natural de Três Lagoas, Simone Tebet é formada em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ela teve como principal amparo político o pai, Ramez Tebet, ex-governador do estado do Mato Grosso do Sul, prefeito de Três Lagoas e também senador.
Antes de concorrer a um mandato eletivo, Tebet atuou como professora universitária durante 12 anos. Ela também passou pela consultoria técnica jurídica e diretoria técnica legislativa da Assembleia do Mato Grosso do Sul.
Tebet foi eleita, primeiramente, como deputada estadual do MS, e depois como prefeita por dois mandatos em sua cidade natal. Por fim, atuou como vice-governadora até assumir uma cadeira no Senado Federal.